Bancários celebram o seu dia neste sábado
Neste sábado, 28 de agosto, será comemorado o dia do bancário. A data tem como referência uma greve histórica da categoria por reajuste salarial em 1951. Foram 69 dias de paralisação para vencer a resistência dos bancos e conquistar 31% de reajuste, o que na época representava pouco mais que a reposição da inflação, que foi de 30,7%. Mas a luta não foi fácil, visto que o governo quis manipular os números e anunciou uma inflação de 15,4%, número desmentido pelos cálculos dos trabalhadores.
As vitórias da greve de 1951 foram muito além do reajuste. A mobilização fez nascer sindicatos em diversas partes do país. Surgiram aí também, as bases para a criação do Dieese, que tem o objetivo de fornecer estatísticas e dados confiáveis para os trabalhadores.
Hoje 70 anos depois, os bancários têm muitas vitórias a comemorar, principalmente a organização e unidade, que faz da categoria uma referência na luta pelos seus direitos.
A campanha salarial nacional com mesa única de negociação e uma Convenção Coletiva de Trabalho que vale para todos os bancários do país são diferenciais que garantem força de pressão aos bancários, como poucas categorias conseguem no país.
Essa unidade e força têm sido essenciais para enfrentar as constantes ameaças à jornada de trabalho, participação nos lucros e resultados, além de outros direitos importantes conquistados pela categoria ao longo do tempo. Ataques esses que se tornaram ainda mais intensos durante o governo Bolsonaro, que tem o banqueiro Paulo Guedes como ministro da Economia. Não é atoa que tantos projetos e medidas provisórias contra a categoria transitam no Congresso Nacional.
Neste 28 de agosto de 2021, os bancários precisam se inspirar nos trabalhadores de 1951, que persistiram na luta por reajuste, mesmo diante das pressões e ameaças sofridas. A hora é de luta e resistência contra todas as tentativas de supressão de direitos e de aumento de trabalho.
É dia de comemorar e também de reafirmar a luta pelos direitos da categoria.