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Em Dia Nacional de Luta, bancários realizam paralisação em Salvador

Em Salvador, quem saiu de casa cedo nesta quinta-feira (11/07) já teve noção que o Dia Nacional de Luta dos trabalhadores brasileiros será forte. Desde as 6h da manhã cartazes e faixas de paralisação tomam conta das agências bancárias. Os ônibus ficaram parados das 4h às 8h. Às 11h aconteceu uma grande caminhada entre o Campo Grande e a Praça Municipal.
 
Dia Nacional Luta
 
Entre as reivindicações, o fim do fator previdenciário, mecanismo criado por Fernando Henrique Cardoso que reduz em até 40% o valor das aposentadorias, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário, ampliação dos investimentos em educação, saúde e transporte.
 
Os trabalhadores reconhecem os avanços que o Brasil vem vivenciando desde 2003, com a primeira eleição de Lula. Milhares de famílias saíram da pobreza extrema e passaram para a classe média. O salário também aumentou, graças à política de valorização.
 
O desemprego reduziu como nunca. O país gerou milhares de postos de trabalho com carteira assinada e o resultado é visto no dia a dia. Não precisa ninguém dizer. Mas, é preciso avançar em outras frentes. Para isso, é essencial também a reforma política, porque com a atual conjuntura é bem difícil mudar a estrutura conservadora do Congresso Nacional.
 
Paralisações
 
 
 
As paralisações pelo Dia Nacional de Luta interditam as principais vias do Centro de Salvador, nesta quinta-feira (11/07). A avenida Sete de Setembro foi bloqueada, mas o clima é de total pacificação. 
 
 
Centenas de trabalhadores, como bancários e comerciários, ficaram concentrados à espera da passeata, que saiu do Campo Grande em direção à Praça Municipal. A intenção é chamar a atenção para a necessidade de aprovação da pauta de reivindicações da classe trabalhadora.
 
 
Bem humorados, os funcionários de uma loja, obrigados a comparecer ao estabelecimento, resolveram protestar de forma bastante humorada e fizeram um animado baba na avenida Sete de Setembro, completamente vazia.  
 
 
Eron Santos, um dos participantes, conta como tudo começou. “Começamos devagar, mas, aos poucos, a brincadeira ganhou dimensões. Agora vamos acompanhar a caminhada jogando bola até o fim do percurso”. Aos poucos, outras pessoas foram se aproximando em solidariedade aos trabalhadores.
 
Apoio da população
 
 
 A paralisação dos trabalhadores em Salvador conta com um apoio fundamental. A população está sensível à luta pela ampliação das melhorias. Afinal, somente a mobilização é capaz de pressionar o Congresso Nacional a aprovar projetos de interesse da sociedade.
 
Em junho, os brasileiros tiveram uma boa prova com o início das manifestações de rua. Pressionados, os parlamentares resolveram dar respostas e algumas propostas saíram do papel ou foram enterradas, como a PEC 37, que reduzia o poder de investigação do poder público. 
 
Agora, é preciso mudanças mais efetivas. A operadora de telemarketing, Rafaela Paixão, reconhece a importância do movimento. Enquanto aguardava na Estação da Lapa a saída dos ônibus das garagens, fez questão de falar sobre o Dia Nacional de Luta. “Temos de reivindicar pelos nossos direitos. Para isso, toda manifestação é válida”.
 
Opinião semelhante tem a estudante universitária, Letícia Fontele. “Estou aguardando o retorno dos ônibus, porque preciso chegar ao estágio. Mas, se permanecer assim, volto para casa feliz, por saber que o Brasil e os trabalhadores acordaram para os erros dos gestores”, esclareceu.

A comerciaria Evelyn Oliveira fez questão de participar ativamente da paralisação. Cedo se juntou a dezenas de trabalhadores, na avenida Sete, para engrossar o coro da luta que visa “pressionar o governo e o Congresso Nacional a aprovar a pauta de reivindicações da classe trabalhador”.  
 
 
SEEB-BA
 
 

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