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55 anos da Federação

Lucros dos bancos chegam a R$ 50,5 bi no 1º semestre

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A economia do Brasil pode estar em crise, mas as instituições financeiras que atuam no país não podem reclamar da situação. Basta tomar como exemplo os cinco maiores bancos – Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa-, que juntos lucraram nada menos que R$ 50,5 bilhões, no 1º semestre de 2019, um crescimento médio de 20,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os ativos totais destes bancos somaram R$ 6,7 trilhões e apresentaram alta média de 7,6% em relação a junho de 2018. A carteira de crédito total dos cinco bancos juntos atingiu R$ 3,0 trilhões, com alta de 3,2% no período. Somente as carteiras do BB e da Caixa apresentaram queda (respectivamente, -0,4% e -1,9%).

As tarifas e serviços continuam sendo uma grande fonte de lucro para os bancos, tendo somado R$ 69,9 bilhões nos primeiros seis meses do ano. Este montante cobre com folga as despesas administrativas e de pessoal, incluindo a participação nos lucros e resultados (PLR) paga aos funcionários.

Apesar do resultado fabuloso, os bancos fecharam 2.057 postos de trabalho de janeiro a junho, em uma total falta de compromisso com os bancários e o desenvolvimento do país. Este desdém fica ainda mais evidente levando-se em conta o alto índice de rotatividade no setor. No período, forma demitidos 17.279 trabalhadores e admitidos outros 15.222, a maior parte mais jovens e com salários menores que os profissionais desligados.

Quanto os pontos de atendimento, o Santander abriu 40 novas agências em doze meses. No Itaú, por sua vez, foram fechadas 199 agências físicas no mesmo período (195 apenas no segundo trimestre) e abertas 36 agências digitais, as quais já somam 196 unidades. Bradesco e Banco do Brasil fecharam, respectivamente, 119 e 48 unidades, em um ano. O BB já conta com 162 escritórios (agências) digitais, 9 deles foram abertos de junho de 2018 a junho de 2019. Na Caixa, foram fechadas 12 agências entre junho de 2018 e junho de 2019. Os dados são da Contraf.

Os números comprovam que os bancos investem cada vez mais na obtenção de lucros maiores, pouco se importando com a qualidade de atendimento aos clientes e as condições de trabalho dos bancários. Não é à toa que os bancários estão entre as categorias que mais adoecem no país.

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