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55 anos da Federação

Negociações sobre centros de realocação avançam, mas ainda sem acordo

A reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que aconteceu nesta terça-feira (18), em São Paulo, terminou sem acordo.  No encontro, foi discutida uma minuta de aditamento à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria com as cláusulas 37 (monitoramento de resultados), 62 (criação de centros de realocação e requalificação profissional) e 65 (adiantamento emergencial de salários nos períodos transitórios de afastamento por doença).

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Sobre centros de realocação e requalificação profissional dos trabalhadores, durante as negociações da Campanha Nacional de 2016, já havia sido acertado que o Comando Nacional e a Fenaban voltariam à mesa de negociações para regulamentá-los. Os centros destinam-se aos trabalhadores que não possuam as habilidades necessárias para a ocupação de postos de trabalho em aberto nos bancos, previstos na cláusula 62.

Apesar de não ter havido concordância com os termos, as partes firmaram o acordo com relação à criação dos centros de realocação profissional. Resta apenas o acerto nas outras duas cláusulas. "Os centros de requalificação representam um avanço importante, mas não pode ser condicionado ao ranqueamento individual", avalia Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.

Em relação ao ranking, os bancos insistem em promover alterações na cláusula 37, que proíbe a divulgação de resultados individuais dos funcionários. Esta cláusula foi criada justamente para evitar a classificação individual dos funcionários de acordo com o resultado comercial obtido.

Antes de a cláusula ser convencionada, era comum a exposição de listas nas paredes das agências com a classificação dos resultados dos funcionários de acordo com os resultados obtidos, o que gerava chacotas e assédio moral.

Por fim, sobre adiantamento emergencial de salário, com a extinção pelo INSS do pedido de reconsideração que poderia ser feito pelos trabalhadores cujas perícias os haviam classificado como aptos para o retorno ao trabalho, mas os médicos das empresas os tinham considerados inaptos, gerou uma insegurança jurídica levando alguns bancos deixarem de fazer o adiantamento definida pela CCT da categoria. Os bancários reivindicam que, ao invés de ter que apresentar o pedido de reconsideração, que fosse aceito o pedido de recurso, administrativo ou judicial, junto ao INSS, já que o bancário não pode ser penalizado em decorrência da extinção de um procedimento pelo órgão examinador.

Na próxima reunião marcada para o dia 8 de agosto, às 14h30, em São Paulo, todas as cláusulas voltarão a ser discutidas.

Com informações da Contraf

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