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55 anos da Federação

Após dois anos do golpe, a maior vítima são os trabalhadores

Ao completar dois anos do golpe parlamentar que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, sob pretexto de "pedaladas" fiscais, evidencia-se que a maior vítima deste processo são os trabalhadores. Às vésperas do 1º de Maio de 2018, de acordo com os números do IBGE, o Brasil alcançou 13 milhões de desempregados. Sob o Governo Temer, foram perdidos aproximadamente 1,4 milhão de postos de trabalho formais.

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No trimestre encerrado em abril de 2016, o país tinha 11,411 milhões de desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. Em dezembro do ano passado, depois da reforma trabalhista, esse número subiu para 12,311 milhões. Em fevereiro último, atingiu 13,121 milhões. A taxa de desemprego pulou de 11,2% em abril de 2016 pulou para 12,6% em fevereiro de 2018.

O total de ocupados pouco se alterou entre abril de 2016 e fevereiro deste ano, passando de 90,633 milhões para estimados 91,091 milhões. Menos do que em dezembro, primeiro mês após a reforma, quando a estimativa do IBGE era de 92,108 milhões.

No setor privado, cresceu o total de empregados sem carteira assinada, que eram 9,953 milhões no trimestre encerrado em abril de 2016 e somavam 10,761 milhões em fevereiro último, um pouco menos do que em dezembro (11,115 milhões). Os trabalhadores por conta própria passaram de 22,980 milhões para 23,198 milhões em dezembro de 2017 e 23,135 milhões em fevereiro de 2018.

Em 12 meses, até fevereiro, o país está com 1,745 milhão de ocupados a mais no mercado de trabalho. Mas esse crescimento foi obtido à custa da precariedade: 511 mil empregados sem carteira e 977 mil trabalhadores por conta própria a mais. E 611 mil "com carteira" a menos, sempre de acordo com a Pnad.

Além disso, para piorar, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que o salário médio dos admitidos em fevereiro foi de R$ 1.502,68, segundo o Caged, enquanto o dos demitidos era de R$ 1.662,95. O golpe trouxe para os trabalhadores recessão, maior desemprego e arrocho salarial.

Com informações da Rede Brasil Atual

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