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Caixa se recusa a negociar a reestruturação

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A direção da Caixa deu mais uma demonstração de intransigência nesta quarta-feira (12/2), quando se recusou a abrir negociação sobre o preocesso de reestruturação anunciado no final de janeiro.  Após mais de 11 horas de reunião com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a direção do banco encerrou o encontro sem responder às perguntas dos funcionários, além de não aceitar parar a reestruturação.

Mesmo com a negativa do banco, a CEE/Caixa conseguiu suspender todo o processo de reestruturação nesta quarta-feira, por meio de uma liminar e  com a retirada do ar do portal UmasóCaixa, plataforma responsável por receber as manifestações de interesse dos empregados que optaram pela mudança de função e usada pela Caixa para validar a função dos empregados.

A representação dos bancários recebeu muitas denúncias de problemas no portal UmasóCaixa. Além disso, o número de perguntas superou 4 mil em poucos dias de consulta, mostrando que os empregados não tinham entendimento sobre o processo. Apesar disso, a Caixa insiste em manter o processo de forma intransigente, colocando sob ameaça os trabalhadores, tanto do descomissionamento sumário quanto da transferência arbitrária. 

A remodelagem proposta pela Caixa retira do banco seu caráter social, além de ampliar o modelo de mercado da instituição, visando áreas que estão prestes a serem vendidas como a Caixa Seguridade e a Caixa Cartões.

Na reunião a direção da Caixa apresentou informações superficiais sobre o plano de reestruturação, como os número de funções criadas e as lotações. Insistindo que cerca de cinco mil novas funções serão criadas, além das que já existem, sem mostrar onde. A Caixa justificou que a reestruturação cria mais estruturas de atendimento, sendo necessária para garantir a sobrevivência da empresa.

A CEE questionou sobre os estudos de impacto do plano de reestruturação, tanto com relação aos empregados quanto para o Brasil, mas a empresa não respondeu. 

A decisão de não negociar nem suspender a reestruturação reforça ainda mais a disposição dos empregados para realizar um grande dia de luta em defesa da Caixa nesta quinta-feira, 13 de fevereiro. A orientação é para que os bancários vistam preto e participem das atividades realizadas pelas entidades sindicais em todo o país. 

Os bancários da Bahia e Sergipe foram representados na negociação desta quarta pela diretora do Sindicato de Sergipe Helaine Freire Evangelista.

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