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CEE cobra melhores condições de trabalho para os empregados da Caixa

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Terminou sem avanços a segunda rodada de negociação específica entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção da Caixa, realizada nesta quarta-feira (12/8), para debater saúde e segurança. A defesa de melhores condições de trabalho durante e pós pandemia, aperfeiçoamento dos protocolos e de higienização das unidades, fortalecimento dos fóruns de condições de trabalho, o home office para os casos de pais com filhos menores de idade, descomissionamentos arbitrários, a demanda dos PCD’s e mais contratações foram algumas das pautas da negociação.

A reunião iniciou-se com a CEE/CAIXA realizando um manifesto contra a MP 995, que autoriza a privatização de partes da Caixa. Foi ressaltado que o ACT tem conquistas históricas e não tem que ser balizado pela CLT. A mesa permanente busca e sempre buscou avançar para além do que está previsto na CLT e considerando todos os avanços.

Os representantes pediram ações efetivas da Caixa para esse período de pandemia. Os trabalhadores estão sofrendo com as jornadas extenuantes, a ansiedade da volta ao trabalho presencial e as cobranças abusivas de metas. A CEE criticou ainda as mudanças dos protocolos e a adoção de outras medidas sem negociação com o movimento sindical, o que prejudica os empregados.

Outra cobrança da CEE/Caixa foi o cumprimento do rodízio das agências, para diminuir a sobrecarga contínua e diminuir o risco de contaminação dos funcionários pelo covid-19 e garantir o atendimento à população. Também foi solicitado o retorno das agências ao horário de atendimento normal. Da forma que está, os empregados têm extrapolado e muito a jornada. Além disso, foi cobrado a aplicação do ACT vigente, uma vez que nas agências até 20 empregados não tem compensação de horas, devendo ser pago todas as horas extras realizadas. Foi reivindicada também a contratação de mais empregados para ajudar a resolver o problema.

Home Office

Segundo a Caixa, mais de 35 mil empregados estão em home Office, o que significa menos de 50% dos trabalhadores. A CEE solicitou a ampliação desse quadro bem como clareza na definição de diretrizes pelas VPs, visto que essa falta de padronização tem gerado um enorme estresse entre os empregados e conflitos entre eles e os gestores, que precisam comandar o retorno sem ter a formalização e diferenças entre unidades. Também foi cobrado que o retorno presencial seja negociado com o movimento sindical e isso se dê de forma planejada e assegurando a devida proteção aos trabalhadores.

A Caixa definiu pouca coisa na mesa de negociação. Após as reivindicações da Comissão dos Empregados, o banco decidiu que vai rever a questão de agências pequenas. A direção do banco afirmou ainda que não há limitador para o pagamento de horas extras, outra preocupação da Comissão.

A empresa sugeriu ainda que os Fóruns e Grupos de Trabalho sejam revistos e alguns GTs encerrados. A Comissão reforçou que a valorização dos espaços de debate foi um dos pontos aprovados no 36° Conecef, entretanto ajustes podem ser avaliados. Foi solicitada a participação do movimento sindical nos GTs de Prevenção para melhorias nos processos.

Na reunião, a CEE/Caixa cobrou ainda uma mesa de negociação específica sobre o Saúde Caixa, para discutir a inclusão de todos os empregados, bem como a manutenção do atual custeio. A Caixa ainda não decidiu quando será esta reunião.

A próxima rodada de negociação está agendada para a próxima segunda-feira, 17 de agosto e a CEE espera que a Caixa traga respostas positivas para as reivindicações.

Com informações da Contraf.

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