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Maioria dos acordos salariais ficou abaixo da inflação em maio

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A inflação alta tem dificultado as negociações salarias e prejudicado os trabalhadores em 2022. De acordo com levantamento do Dieese, cerca de 55% dos reajustes das categorias com data-base em maio, analisados até começo de junho, ficaram abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do IBGE (INPC-IBGE). Outros 32,1% ficaram iguais ao INPC e apenas 13,4% resultaram em ganhos reais. Em maio, a inflação anualizada era de 12,47%.

Com os resultados de maio, o percentual de resultados abaixo do INPC-IBGE, em 2022, chegou a 44,7%. Reajustes iguais ao índice inflacionário representam 32,9% do total; acima da inflação, foram 22,4%. A variação real média no ano é negativa, de -0,78%.

Os dados reforçam a necessidade dos bancários se organizarem para fazer uma campanha salarial vitoriosa, que garanta aumento real de salários, manutenção dos direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e avanços em questões importantes, como garantia de emprego e atenção à saúde.

As negociações começam nesta quarta-feira (22/6) e a categoria deve estar preparada para os desafios que virão. O momento é desafiador e não há indícios de uma queda na inflação nos próximos meses. Embora continuem tendo lucros bilionários, os bancos vão usar a crise enfrentada por outros setores produtivos para tentar oferecer um reajuste menor. A hora é de mobilização total.

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