Dia de Combate a Intolerância Religiosa completa 13 anos
Nesta terça-feira (21/01), o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa completa 13 anos, estabelecido pela Lei 11.635. Contudo, o número de casos de intolerância religiosa em Salvador aumentou 81,4% em 2019, segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Os dados de 2019 superam os de 2018 em 57 casos e são as religiões de matriz africana as que mais sofrem com o preconceito. Ainda segundo a MP, 90% dos casos de intolerância atingem as religiões de matriz africana.
Na Bahia, dentre políticas públicas na área está o Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, em unidades fixa e móvel, que oferece apoio social e jurídico a vítimas, desde dezembro de 2013. Além do atendimento, o público pode acessar uma biblioteca especializada em nos temas voltados às relações étnico-raciais.
O canal telefônico Dique 100, desde 2011, também recebe denúncias relacionadas os direitos humanos. Em 2018 o canal contabilizou 500 relatos de casos de intolerância religiosa.
A Lei 11.635, de autoria do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), instituiu o dia 21 de janeiro em homenagem à Mãe Gilda, yalorixá do candomblé que sofreu um ataque cardíaco e morreu no dia 21 de janeiro de 2000, após sua foto ser capa da matéria sobre “macumbeiros charlatões”, do jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus.