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Relatório da Standard & Poor's que rebaixa nota do Brasil é imoral

A campanha pela aprovação da proposta que reforma a Previdência Social pública e acaba com a aposentadoria avança de forma brutal e escandalosa.

A notícia do rebaixamento da nota de crédito do Brasil de "BB" para "BB-", pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's, foi justificada pelo "atraso no avanço das reformas para conter gastos fiscais".

"O relatório da Standard & Poor's que rebaixa nota do Brasil é torpe, imoral e tem como objetivo convencer os brasileiros de que a Reforma da Previdência é o caminho para tirar o Brasil da crise. O curioso é que Standard & Poor's - a mesma que deu nota A, no auge da crise de 2008 nos EUA, ao banco falido Lehman Brothers - não indica como saída da crise vencer os brutais índices de desemprego, a desindustrialização e a miséria que voltou a se instalar com o governo Temer", disparou o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Segundo ele, "ao colocar sua cabeça para fora, o sistema financeiro confirma todas as nossas denúncias de que quem mais lucrará com essa reforma serão os bancos. E quem pagará essa conta, mais uma vez, será a classe trabalhadora. Ou seja, o desmonte orquestrado pela gestão ilegítima de Temer ainda é insuficiente para aplacar a sede do mercado".

A agência também foi para cima dos servidores públicos ao exigir que o adiamento do reajuste e o aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos.

Governo já sabia da nota desde 2017

Em coletiva concedida em outubro de 2017, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou ser "absolutamente normal" que a S&P diminuísse novamente a nota de crédito do Brasil se o governo fracassasse em aprovar a Reforma da Previdência.

Ainda que seja uma estratégia para pressionar a aprovação da reforma da Previdência, o rebaixamento comprava a mentira difundida por Temer e Meirelles sobre a “recuperação” da economia brasileira e a volta da “confiança”.

"Nos marcos deste governo não há horizonte de retomada do crescimento com valorização do trabalho e a consequente melhoria da renda do nosso povo", emendou Adilson.

Reunião das Centrais Sindicais contra a reforma

Foi convocada para segunda-feira (15), na sede da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), às 14h, reunião do Fórum das Centrais Sindicais (confirmadas até o fechamento deste texto a presença da CTB, CUT, Nova Central, Força Sindical e CSB). Na pauta, a agenda de ação para barrar a Reforma da Previdência.

"A reunião de segunda (15) será para afinarmos nossas agendas e traçarmos um plano unitário contra mais esse golpe. Conclamamos todos setores organizados da sociedade e o movimento sindical a resistir e intensificar a pressão nas ruas, nas redes e no Congresso Nacional neste início de 2018. Mais do que nunca, a palavra de ordem "Se colocar para votar, o Brasil vai parar" deve ser o tom da nossa luta nas próximas semanas", avisou o presidente da CTB.

Para o dirigente. a mobilização será fundamental para barrar a proposta que deve entrar na pauta assim que o Congresso retornar do recesso. "Nesta etapa, unidade e resistência serão centrais na luta contra o desmonte da Previdência e na defesa de uma aposentadoria digna".

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