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55 anos da Federação

27% dos mais pobres não tem acesso a crédito no Brasil

Mesmo com a proliferação de iniciativas de oferta de crédito nos últimos anos, como os cartões sem anuidade, as contas digitais e os empréstimos que podem ser contratados pela internet, ainda existe uma parcela de "esquecidos" pelo sistema financeiro do Brasil.

Uma pesquisa feita com 1,5 mil pessoas das classes C, D e E revelou que 27% das pessoas dessa faixa de renda conseguem honrar pagamentos em dia e fazer aquisições de maior valor com um veículo ou a casa própria.

No entanto, ainda encontram dificuldade em obter crédito por ganharem menos ou não terem rendimento fixo. "Muitas vezes, a instituição considera o local em que a pessoa mora e recusa conceder o crédito", diz Maurício de Almeida Prado, diretor executivo da consultoria pela pesquisa, Plano CDE especializada nas classes C, D e E.

Por outro lado, o levantamento identificou uma parcela de 28% dessas pessoas que até têm acesso ao crédito, mas têm problemas crônicos de endividamento. Outros 33% não pedem dinheiro emprestado nem aos parentes mais próximos. Os 12% restantes têm o perfil misto.

O baixíssimo nível de poupança também é alarmante: 83% não consegue poupar sequer um mês de salário. Entre os 17% que têm ao menos um mês de renda, 39% guardam dinheiro em casa. A maioria faz suas transações em casas lotéricas.

Cada instituição financeira tem critérios próprios para aceitar ou recusar clientes. Elas utilizam as pontuações dos birôs para complementar sua avaliação.

Quem mantém distância de instituições financeiras geralmente tem pontuação menor. Ter um crédito negado, porém, pode ter peso negativo. Se uma pessoa é constantemente recusada, instituições entendem que ela tem algum problema.

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