Febraban quer limitar saque em espécie

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estuda limitar os saques em espécie em caixas eletrônicos, de modo a diminuir a possibilidade de que esse dinheiro vivo seja usado em lavagem de recursos e atraia atenção de assaltantes. A ideia vem sendo debatida com o governo e outros órgãos de controle de lavagem de dinheiro, incluindo o Ministério da Justiça.

Durante um evento realizado nesta segunda-feira (26/9) em São Paulo, o presidente da Febraban, Murilo Portugal, alegou que os saques em espécie podem ser um facilitador de crimes de lavagem de dinheiro e terrorismo. "Em 2014 R$ 70 bilhões em espécie foram movimentados no país. Há casos de um único saque de mais de R$ 2 milhões.

A grande concentração de dinheiro em agência bancárias em dias de pagamento, por exemplo, tem atraído assaltantes em cidades menores e até em municípios nem tão pequenos, no que vem se chamando de "novo cangaço", disse o presidente da Febraban.

Em 2015, foram feitas 47.413 comunicações de operações suspeitas pelo setor bancário, o que representa um aumento de 27% em relação ao ano anterior.