Menu
55 anos da Federação

Aumento dos juros agrava crise econômica

Na quarta-feira (16/3), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltou a aumentar a taxa básica de juros. Foi a nona alta consecutiva da Selic, o que repercutiu fortemente nas manchetes dos jornalões no dia seguinte, confirmando o agravamento da situação econômica brasileira. Folha: “BC sobe juros para 11,75% e taxa atinge ápice em 5 anos”. Estadão: “BC eleva juro a 11,75% e indica mais altas para conter inflação”. O Globo: “BC eleva juros a 11,75%, patamar mais alto em 5 anos”. Valor: “BC eleva juros e prevê Selic a 12,75% em maio”.

A constatação inequívoca é de que o desgoverno Bolsonaro afunda o Brasil na crise, com alta da inflação, queda da renda e desemprego. A elevação da taxa de juros deve travar ainda mais o crescimento do país, jogando a economia em breve em nova recessão. As perspectivas são as mais sombrias e o “capetão” joga sempre a culpa nos outros – ora é a guerra na Ucrânia, ora é a pandemia da Covid, ora são os governadores e prefeitos. O “vagabundo”, que vive em férias, foge de suas responsabilidades. Enquanto isso, os rentistas enriquecem e a miséria se alastra!

Como tuitou o professor de economia André Roncaglia, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a “Selic maior protege os investimentos dos mais ricos, enquanto produz maior insegurança econômica para trabalhadores e micro e pequenos empresários”. Em outra postagem, ele argumentou que “o compromisso do BC de segurar a inflação de custos na marra (isto é, arrochando a atividade nos outros setores mais sensíveis à taxa de juros, varejo, indústria e serviços) vai gerar bastante quebradeira de empresas e falências de pessoas físicas, endividadas até o pescoço”.

Já o economista Pedro Rossi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), postou que a política neoliberal do governo, chefiada pelo ministro Paulo “Offshore” Guedes, “preserva bilhões de acionistas da Petrobras e aumenta bilhões em transferência de juros para colocar em prática a ideia anacrônica de combater choques de oferta com a desaceleração de uma economia com desemprego recorde”. Nesse diapasão, a tendência é o caos só piorar!


altamiro borges f1096 Altamiro Borges é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar