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Segundo a assessoria do STJ, a ministra vai dedicar o dia de amanhã para organizar as informações obtidas durante os oito dias de depoimentos. Em seguida, os dados serão encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF), a quem compete oferecer ou não denúncias contra cada um dos 48 investigados.
Os dois últimos intimados a depor foram o ex-procurador-geral do Maranhão, Ulisses Cesar Martins de Sousa, e o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Sousa foi acusado de dar pareceres favoráveis ao pagamento de serviços irregulares feitos pela Construtora Gautama, de Zuleido Veras, apontado como o mentor do esquema. Já Rondeau deixou o comando do ministério após seu assessor, o chefe de gabinete Ivo Almeida Costa, ser acusado de receber propina da Construtora Gautama, beneficiada pela interferência de Costa em uma licitação do Luz para Todos.
Antes, a ministra já havia ouvido os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT), além do deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF). Dos cinco, apenas Vilela e Lago falaram com a imprensa.
Teotônio explicou que não está sendo investigado e que somente foi intimado a depor porque há indícios de irregularidades de obras públicas em Alagoas. “Estou ajudando desde o primeiro momento a esclarecer os fatos. Exonerei os [servidores citados no inquérito] presos e fiz auditoria”, afirmou.
Já o governador do Maranhão negou ter recebido qualquer propina da Gautama. Ele admitiu que há indícios de irregularidades nos contratos entre a construtora e o governo do estado e classificou como “profundamente lamentável” as suspeitas de que seus sobrinhos, Alexandre Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior estejam envolvidos no esquema criminoso. Ambos foram presos acusados de receber, em nome do tio, R$ 240 mil de propina.
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