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Marcha e homenagens a Zumbi marcam o Dia da Consciência Negra em Salvador

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O primeiro feriado pelo Dia da Consciência Negra (20/11) foi marcado por muita mobilização em Salvador. As atividades começaram logo cedo, às 7h, com a concentração para a 16ª Lavagem da Estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça da Sé, no Pelourinho.

O evento organizado pela União de Negros pela Igualdade (Unegro) promove a lavagem do busto em homenagem a Zumbi, feita por baianas com água de cheiro, cantos e danças afros. A atividade conta ainda com apresentação de capoeira, músicos negros e a participação de lideranças sociais, sindicais e políticas, que tem comprometimento com o combate ao racismo.

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Na parte da tarde aconteceram duas atividades. A 21ª Caminhada da Liberdade saiu do Curuzu e a 45ª Marcha da Consciência Negra Zumbi-Dandara dos Palmares partiu do Campo Grande, ambas em direção ao Pelourinho.

Durante o seu percurso, a Marcha da Consciência Negra Zumbi-Dandara fez uma parada na Praça da Piedade, para um ato em homenagem ao mestre Môa do Katendê, que completaria 70 anos em 2024, mas foi assassinado por um bolsanarista durante as eleições de 2022.

A homenagem foi organizada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que entregou uma escultura de um berimbau à filha de mestre Môa do Katendê, Somonair Costa. "Aqui na Praça da Piedade, foram enforcados 4 heróis na luta do povo negro. Nada mais simbólico do que homenagear essa figura importante da capoeira, da música e da nossa cultura que foi Môa do Katendê. A CTB entende que a luta dele é parte da resistência e das conquistas da população negra. Com isso, resgatamos a memória de Zumbi e de todas as pessoas que lutam contra o racismo e as desigualdades sociais, buscando uma sociedade mais justa", destacou o secretário de Combate ao Racismo da CTB Bahia, Jerônimo Silva Júnior.

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A diretora de Gênero, Nancy Andrade, representou a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe nas atividades. Para ela, se faz necessário que a população perceba que a participação do movimento sindical, na luta, no combate ao racismo é uma luta cotidiana, porque o racismo não descansa!

“O racismo impõe perversidade aos corpos negros o tempo todo! Todos os dias da semana! Precisamos alertar a sociedade de que o combate ao racismo passa pela questão de gênero, classe e raça. O capitalismo faz com que a sociedade não tenha a clareza sobre a situação da população negra no mercado de trabalho, na sociedade. Logo, precisamos denunciar todos os tipos de Violência, preconceito que recai sobre a população negra. Agindo dessa forma, combatemos o racismo e esclarecemos outras pessoas que precisamos combater às ações racistas!”, acrescentou Nancy Andrade.

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