Contradição no setor bancário: lucro em alta, emprego em queda
Enquanto os principais bancos do país acumulam lucros bilionários, os trabalhadores do setor enfrentam um cenário de demissões crescentes, sobrecarga e precarização das condições de trabalho. No primeiro trimestre de 2025, os quatro maiores bancos (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander) somaram R$ 28,2 bilhões em lucros, um aumento de 7,3% em relação ao ano anterior.
Em contrapartida, o setor bancário eliminou 1.197 vagas no mesmo período, o que representa um aumento de 67,8% nas demissões em comparação com 2024. No acumulado de 12 meses, são 7.473 postos de trabalho a menos, com destaque para o impacto sobre as mulheres, que representam 66,5% das demissões registradas. A redução afeta, principalmente, cargos como caixas, escriturários e gerentes de agência.
Essa contradição revela o verdadeiro custo da digitalização bancária sem responsabilidade social. Enquanto avançam no fechamento de agências físicas e na automação de serviços, os bancos não oferecem garantias de realocação ou qualificação dos trabalhadores dispensados, agravando o adoecimento e a insegurança da categoria.