Mais representatividade feminina nos conselhos administrativos das estatais
Foi aprovado no Senado o projeto que estabelece uma cota mínima de 30% de mulheres nos conselhos de administração de empresas públicas e sociedades de economia mista. A nova regra alcança organizações nas quais o poder público detenha a maior parte do capital votante, direta ou indiretamente, e agora segue para sanção presidencial.
A medida representa um marco na busca por maior equidade de gênero nos espaços de decisão, promovendo avanços concretos na estrutura de governança das estatais. A Caixa Econômica Federal já havia incorporado a cota de 30% em sua governança, resultado das negociações realizadas durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2024. A mudança foi formalizada com a atualização do Estatuto Social do banco, garantindo essa participação mínima nas diretorias e vice-presidências.
A decisão, além de refletir o esforço coletivo das empregadas e representantes sindicais, também abre caminho para discussões futuras sobre a inclusão de outras cotas sociais na gestão das estatais. Dentro da Caixa, ainda há reivindicações para que a representatividade feminina acompanhe a proporção real de mulheres na força de trabalho e na sociedade — ou seja, ultrapasse os 30% mínimos estabelecidos.
Com a nova legislação, espera-se que outras empresas públicas sigam o exemplo, assegurando um ambiente mais diverso e justo. Para quem esteve na linha de frente das negociações, o avanço representa não apenas uma conquista institucional, mas o reconhecimento do papel estratégico das mulheres na liderança e no desenvolvimento do setor público.