Trabalho doméstico é exercido por mulheres negras
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas (Ipea), em 2018, 6,2 milhões de pessoas tinham como ocupação o serviço doméstico remunerado. Ao todo, 92% (5,7 milhões) eram mulheres atuando como diaristas, babás, jardineiras e cuidadoras. E 65% eram negras.
Naquele ano, constatou-se um aumento no número de idosas que se tornaram parte da categoria. O índice saltou de 3% para 7%, quando confrontados os patamares de 1995 e 2018.
As trabalhadoras adultas (entre 30 e 59 anos de idade) passam de 50%, em 1995, para quase 80% em 2018. Em contrapartida, a proporção de mulheres exercendo esse tipo de trabalho sofreu queda.
Além de serem, em sua maioria mulheres negras, também são mulheres de baixa renda e baixa escolaridade. Ou seja, medida que essas mulheres tem acesso à escola, acabam deixando essa ocupação e procurando outros ramos.
Os trabalhos domésticos, tem como uma das características a informalidade, por isso, acabam sendo um alternativa para as mulheres diante do cenário que vivemos, com grande número de desempregados. A pesar de alguns avanços, ainda não foi capaz de proporcionar a segurança e a proteção social garantidas de uma carteira assinada.

