1º de Maio
Cinco centrais sindicais (CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central e
CGTB) realizarão atos unificados de 1º de maio em todo o país. A base da
unidade é a "Agenda da Classe Trabalhadora", documento aprovado na
Conferência da Classe Trabalhadora realizada em junho do ano passado.
Unidade
programática e de ação é o caminho necessário para que os trabalhadores
sejam protagonistas na luta pela afirmação do projeto nacional de
desenvolvimento com valorização da força de trabalho. Por uma
controvertida opção política, a CUT resolveu se afastar do Fórum das
Centrais e realizar um ato próprio.
Embora seja legítima a
pretensão de cada central buscar a hegemonia do movimento sindical, não é
razoável que esse objetivo se sobreponha aos interesses maiores dos
trabalhadores. A recomposição do Fórum das Centrais, por isso mesmo, é
importante e não pode ser subestimada.
O Fórum das Centrais
Sindicais pode e deve, além das lutas unitárias estritamente sindicais,
dialogar e promover ações conjuntas com a Coordenação dos Movimentos
Sociais (CMS). A CMS inclui, além de algumas centrais, entidades como a
UNE, MST e entidades feministas, comunitárias, antirracistas, etc.
Dirigentes
da CUT dizem que na atual conjunta irão priorizar a CMS. O problema é
que essa nova orientação vem acompanhada do afastamento das jornadas de
lutas com as outras centrais sindicais. Não se sabe ao certo as razões
desse posicionamento da CUT.
Em algumas atividades já em curso
(luta contra os juros altos, 1º de maio unificado e fórum das mulheres) a
CUT não tem participado, dando mostras práticas de que pretende iniciar
a temporada de carreira solo. Esse caminho equivocado prejudica a luta
dos trabalhadores e certamente não ajudará a CUT.
Com o Fórum das
Centrais e a CMS divididos, a unidade do movimento sindical e popular
está em xeque. Com o governo Dilma em sua fase inicial, essa divisão
favorece os setores que, dentro ou fora do governo, se colocam contra as
propostas desenvolvimentistas.
Reverter essa situação é uma tarefa inadiável das lideranças lúcidas dos trabalhadores e do povo.
