Aumento da Selic favorece os banqueiros e sacrifica o desenvolvimento nacional

Em reunião encerrada nesta quarta-feira (29/1) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou em um ponto percentual a alta da taxa básica de juros da economia (Selic), que passou de 12,25% para 13,25% ao ano. Com isso, a Selic alcançou seu maior índice desde setembro de 2023. Este é o quarto aumento consecutivo dos juros.
A elevação seguiu o que foi previsto pelo mercado e antecipado na ata da reunião anterior do Copom. Isso mostra que o capital financeiro continua dando as cartas na economia do país, mesmo com a troca de comando do Banco Central, que agora é presidido por Gabriel Galípolo, economista indicado pelo presidente Lula. Com esta política o Copom privilegia os interesses dos banqueiros e rentistas e sabotam o desenvolvimento do país.
“Com essa política de juros escorchantes, o Brasil pode nadar, nadar e morrer na praia. O governo Lula precisa elevar o tom contra o ‘deus mercado’, que não sabe o custo do feijão no supermercado. Uma taxa de juros no patamar sugerido pelo Banco Central, endossado pelo Gabriel Galípolo, é o alimento para a especulação, para o grande capital, para a banca rentista, que está patrocinando uma política contrária ao desenvolvimento do país”, declarou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
A atual política monetária, que faz do Brasil um paraíso dos rentistas com a taxa de juros reais mais alta do mundo (três vezes superior à dos EUA), funciona como um veneno para a economia. Deprime o consumo e os investimentos e condena a economia nacional aos que os economistas batizaram de voo de galinha, alternando taxas de crescimento medíocre com a estagnação do PIB.
O Copom também sinalizou com uma nova alta de 1% na Selic em sua próxima reunião, o que poderá se transformar em fato consumado se não houver uma grande mobilização social em sentido contrário.
