Bancários e população protestam contra o fechamento do Itaú de Paripe

O Sindicato da Bahia e a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe realizaram uma manifestação nesta quarta-feira (5/11), para protestar contra o fechamento da agência do Itaú em Paripe, no Subúrbio de Salvador. Hoje é o último dia de funcionamento da unidade, mas a população não foi avisada e não havia nenhum comunicado de encerramento afixado na porta.
Além disso, os 22 mil clientes e 2 mil beneficiários do INSS atendidos pela unidade estão sendo direcionados para a agência da Calçada, a quilômetros de distância, sem maiores explicações sobre o motivo.

“Estamos aqui para unir forças com a população de Paripe e com todos aqueles que dependem do banco. Porque cada agência fechada diminui o número de atendimentos, de empregos, de oportunidades de negócios para os comerciantes da região. Por isso estamos aqui para denunciar a situação. Nos últimos cinco anos o Itaú fechou quase 2 mil agências em todo o país, sendo 70 só na Bahia. O Itaú não tem nenhuma responsabilidade social e nem com os clientes”, ressaltou Andréia Sabino, presidente da Federação.
Única do Surbúrbio
A agência de Paripe é bastante significativa, pois não atende só ao bairro, mas a todo o Subúrbio Ferroviário, região da cidade com mais de 280 mil habitantes. É uma população que não tem muito acesso ao atendimento digital, que ainda requer bastante atendimento presencial. Hoje a agência estava lotada, mas haviam apenas dois bancários para atender à demanda, uma total falta de respeito com clientes e bancários.

Durante o ato, os dirigentes da Federação e do Sindicato convidaram a população para se integrar a luta e também denunciar a postura desrespeitosa do Itaú ao Banco Central, ao PROCON e aos demais canais cabíveis.
“Esse fechamento é mais uma prova da falta de compromisso do Itaú com os seus clientes, sobretudo os das agências localizadas em bairros populares como Paripe e todo o Subúrbio Ferroviário de Salvador. Apesar da alta demanda pelo atendimento bancário presencial nesses locais, o banco ignora sua função social, vira as costas e de forma unilateral transfere as contas para locais mais distantes. Enquanto lucra bilhões, fecha postos de trabalho e precarização seu serviço. Levamos toda a nossa solidariedade a colegas e clientes e orientamos à população que busquem os seus direitos como consumidores” destacou a diretora da Federação e representante da COE Itaú, Luciana Dória.
