Bancários mobilizados contra demissões e precarização no Santander

O bancários não aguentam mais a postura desrespeitosa do Santander, que vem fechando agências, demitindo funcionários, terceirizando as atividades e desrespeitando os direitos dos trabalhadores que permanecem no banco. Para denunciar a situação à sociedade, sindicatos e federações realizaram atividades nas agências nesta terça-feira (4/11), Dia Nacional de Mobilização dos Funcionários do Santander.

“Estamos mobilizados para denunciar o desmonte das agências e as demissões que o Santander vem promovendo em todo o país. Só na Bahia, mais de 30 agências foram encerradas nos últimos anos. O banco registra lucros bilionários, fecha postos de trabalho e sobrecarrega quem fica, retirando o atendimento da população e prejudicando os clientes. Não aceitamos que o lucro esteja acima das pessoas. Cada agência fechada é um atendimento a menos, é um trabalhador a menos com emprego e famílias desamparadas. Estamos aqui para dizer: basta de demissões, basta de sobrecarga, basta de desrespeito. Queremos valorização, respeito e condições dignas de trabalho. O Santander precisa investir em pessoas, não apenas em resultados”, declarou a presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Andréia Sabino, que participou das manifestações em Salvador.

Confira como foram as atividades na base da Federação:

Salvador

O Sindicato dos Bancários Bahia realizou um ato com paralisações e diálogo com a população sobre a política perversa do Santander. A ação, parte do Dia Nacional de Luta, aconteceu nas agências da Pituba, Tancredo Neves, Barra e Alphaville.

Os diretores denunciaram as demissões, o fechamento de agências, terceirização, pressão abusiva por metas, adoecimento e sobrecarga devido à falta de pessoal. Em 12 meses encerrados em setembro, o Santander eliminou 3.288 postos de trabalho, 2.171 apenas entre julho e setembro. Não para por aí. Em um ano, o banco fechou 585 pontos de atendimento.

Feira de Santana

O Sindicato dos Bancários de Feira de Santana se reuniu com os trabalhadores do Santander em uma manifestação em frente à agência da Avenida Maria Quitéria. O ato denunciou o assédio, o adoecimento e as demissões em massa que têm marcado a gestão do banco.

A mobilização ocorreu uma semana após o Santander divulgar seu balanço financeiro. Entre janeiro e setembro deste ano, o banco registrou lucro líquido de R$ 11,52 bilhões, sendo R$ 4 bilhões apenas no terceiro trimestre. Por trás do desempenho expressivo está uma política de redução do quadro de pessoal e fechamento de agências.

Vitória da Conquista

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região aderiu ao Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Trabalhadores e Clientes do Santander. A ação fez parte de uma mobilização nacional organizada por entidades sindicais de todo o país, com o objetivo de denunciar as práticas adotadas pelo banco que vêm comprometendo direitos, empregos e a qualidade do atendimento à população.

O Santander tem adotado um modelo de gestão baseado na precarização e terceirização. A instituição utiliza dezenas de empresas intermediárias para contratar mão de obra sem vínculo empregatício direto, reduzindo direitos trabalhistas e enfraquecendo a representação sindical.