Bancários da Bahia protestam contra fechamento de agências do Itaú
Esta terça-feira (8/7) é dia nacional de luta contra a fechamento de agências do Itaú. Os bancários foram às ruas de diversas cidades do país, para denunciar a postura gananciosas do banco, que mesmo obtendo o lucro líquido de R$ 41,4 bilhões em 2024, segue desrespeitando clientes e funcionários, além de sabotar o desenvolvimento do Brasil.
A Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase) e o Sindicato da Bahia realizaram um protesto em frente a agência do Itaú do bairro do Imbuí, em Salvador, que está em processo de encerramento das atividades, juntamente com a unidade do Cabula. No mês passado o banco fechou também a agência de Brotas, em um movimento que tem deixado milhares de clientes sem posto de atendimento em bairros populosos da capital baiana.
A atividade contou com a participação de funcionários, clientes e da população da região, que juntos denunciaram o desrespeito do banco ao dificultar o acesso ao atendimento presencial, transferir os clientes para agências distantes e migrar outros clientes para canais digitais de forma unilateral.
“Hoje fizemos um grande ato na agência do Imbuí para protestar contra o fechamento dessa importante agência. Essa agência ela tem uma tradição muito grande aqui no bairro do Imbuí. Muitos comerciantes, muitos residentes do bairro utilizam essa agência. Nós temos mais de dois mil aposentados que recebem sua aposentadoria nessa agência. Então foi um grande ato, tivemos uma grande participação da população e vamos continuar lutando para evitar o fechamento de agências tão importantes e que vão trazer grandes transtornos para o atendimento das pessoas”, ressaltou a presidente da Feebbase, Andréia Sabino.
Esta é uma política nacional do Itaú, o banco privado mais lucrativo do país, que fechou 219 agências no ano passado e vem fechando 15 unidades por mês em 2025. As três agências fechadas em Salvador causarão um impacto em cerca de10 mil beneficiários do INSS, 60 mil clientes e 63 funcionários, alguns já foram demitidos e outros ainda não sabem para onde serão lotados. O banco que se diz feito para você, revela-se também o banco feito para demitir, desrespeitar clientes e adoecer seus funcionários.
A diretora da Feebbase e integrante da COE Itaú, Luciana Dória, destaca que "o Itaú está violando as normas do Código do Consumidor ao dificultar a acessibilidade ao atendimento presencial que é um direito assegurado, além disso ao migrar de forma unilateral para os canais digitais sem consultar previamente seu cliente. A função social da empresa também não é cumprida quando ela diminui locais de trabalho e consequentemente demite os funcionários que ajudaram na construção de bilhões de lucros”.