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Campanha Salarial BNB: Comissão Nacional orienta por aprovação da proposta

As entidades integrantes da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB e a Direção do Banco encerraram há pouco reunião iniciada no final da manhã (23) para deliberar sobre as propostas apresentadas pelo Banco.


As entidades representativas chegaram para negociar tendo por base a reivindicação de três pontos:
1. índice igual para todos, de 10%;
2. aumento do piso salarial;
3. abono dos dias parados na greve.


Em contrapartida, o Banco apresentou as seguintes propostas:


Sobre o reajuste

1. Reajuste linear de 10% para todos os cargos, respeitando o princípio da isonomia e não impactando negativamente no Plano de Cargos e Remuneração, já que é mantido o interstício de 4% e a curva salarial. Para as funções, o índice a ser aplicado é de 8,15%.
- A VCP (verba de caráter pessoal) acompanhará o mesmo reajuste dos cargos;
- Piso de R$ 1.350,00, com vigência a partir de 1º de setembro, excluindo-se o Adicional por Tempo de Serviço;
- Mantidos todos os critérios de promoção, dentro do calendário oficial, com o processo de avaliação 360º e demais critérios de elegibilidade já negociados com as entidades representativas dos funcionários;
- Antecipação de 50% da regra básica da Fenaban para a PLR (45% da Remuneração Bruta + R$ 483,00) + Parcela Adicional no valor de R$ 720,00, sem o limite estabelecido pela Fenaban de R$ 3.150,50. O crédito será realizado em até 8 dias corridos após a assinatura do Termo de Ajuste Preliminar de Acordo Coletivo de Trabalho.


Sobre o PCR

2. O Banco garantiu a criação de um grupo de trabalho para apresentar em 90 dias uma proposta de revisão do PCR. Para a AFBNB, um ponto importante do Plano de Cargos e que deve ser defendido "a unhas e dentes" é o interstício de 4% entre os níveis.


Abono

3. O Banco foi irredutível quanto a não aceitação do abono dos dias parados na greve. As entidades, embora reconhecendo o direito constitucional do trabalhador fazer greve, buscando procurar uma solução que fosse menos prejudicial aos trabalhadores do BNB sugeriram a compensação, a ser iniciada um dia após a assinatura do acordo e devendo seguir até o dia 15 de dezembro, de forma que a cada duas horas trabalhadas correspondam três horas compensadas. As horas que não forem pagas até o dia 15 de dezembro serão anistiadas automaticamente.

Após as justificativas e esclarecidas as dúvidas, as entidades da CNFBNB decidiram por acatar a proposta para a análise das assembléias de hoje.

Para o presidente da AFBNB, José Frota de Medeiros, esse não é o acordo ideal, mas é o possível diante das circunstâncias, principalmente porque o índice de 10% na prática vai ser para todos os funcionários. Alguns aspectos são conquistas que devem ser valorizadas, como o aumento do piso no BNB. "Um diferencial do acordo é o piso que foi aprovado, que será o início de um estudo para alteração do PCR, luta histórica da AFBNB. Isso é o reconhecimento por parte do Banco que o Plano de Cargos atual não é condizente com um banco de desenvolvimento", afirma Medeiros. A AFBNB, assim como as demais entidades da CNFBNB, orienta pela aprovação da proposta nas assembléias, as quais são a instância soberana para deliberar sobre a continuidade ou não da greve.

O acordo será assinado, caso aprovado nas assembléias, no próximo dia 29/10 (quarta-feira). O pagamento das diferenças salariais relativas aos meses de setembro e outubro deve ser creditado no próximo dia 31.


Novos valores dos benefícios:

- Auxílio Creche: R$ 196,18;
- Auxílio Bolsa de Estudo para Filho Excepcional: R$ 215,12;
- 13º Cesta Alimentação: R$ 272,93;
- Auxílio Refeição: R$ 15,92 por cartão, totalizando R$ 350,24;
- Indenização por morte ou invalidez permanente em decorrência de assalto: R$ 89.128,38; e
- Auxílio Material Escolar: R$ 154,65.
 
Outras propostas aprovadas:
- Criação do Conselho de Associados Camed - compromisso firmado pela Diretoria Executiva da Camed Saúde;
- Concessão da estabilidade para membros da Comissão de Ética do BNB;
- Regras para concessão de CDC Consignado (funcionários, aposentados e  pensionistas):
          Limite de Crédito: 03 (três) remunerações brutas;
          Margem consignável: 20% da remuneração líquida;
          Prazo: até 60 meses;
          Taxa: CDI + 0,20 a.m. (equivalente na data de hoje a 1,43% a.m. para um prazo de 60 meses).
- Repactuação de dívidas (funcionários, aposentados e pensionistas):
          Prazo: até 84 meses;
          Taxa: igual a da concessão.

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