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Cresce número de cidades baianas sem bancos

Na Bahia, de acordo com dados do Banco Central (BC), o número de municípios que não possui agência bancária aumentou de 132 para 148 entre dezembro de 2016 e janeiro deste ano (aproximadamente 35%). Um exemplo dessa mudança de realidade já havia sido dado no mês de novembro passado, quando o Banco do Brasil anunciou o fechamento de 12 unidades – sendo dez em Salvador – e a transformação de outras 33 – três na capital baiana – em postos de atendimento.

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Outro banco, o do Nordeste, havia aprovado, no último mês de janeiro, a desativação de cinco agências na Bahia, nas cidades de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro, além de duas em Salvador, localizadas nos bairros da Liberdade e de Cajazeiras. Isso sem contar o fechamento de agências do HSBC e do Banco Itaú, que já vinha fechando unidades em bairros populares, segundo Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia.

“Essa realidade aumenta a sobrecarga de trabalho dos funcionários que permanecem no quadro, além de dificultar o atendimento ao cliente, já que as filas acabam se tornando maiores dentro das agências. Essas instituições têm uma missão social importante, pois ajudam a desenvolver a região onde estão inseridas”, afirmou Augusto.

Dos pouco mais de 5.500 municípios do país, 352 não tinham canais de acesso direto aos bancos no final do ano passado, segundo o Banco Central. Em relação a 2012, houve um aumento de 136%. Naquele ano, 149 municípios não possuíam agência ou qualquer tipo de estrutura bancária. Ainda de acordo com o órgão federal, apenas um dos 417 municípios baianos não tinha qualquer suporte neste sentido no ano passado.

Como forma de tentar de minimizar as dificuldades causadas pelo fechamento de unidades físicas, os bancos vem apostando nas plataformas digitais como forma de atrair o público, através do pagamento de contas pelo internet banking ou por aplicativos de celular.
Porém, sabemos que em muitos locais o acesso à internet é muito precário e isso faz com que a população se desloque para regiões adjacentes ao da sua morada para poder efetuar alguma transação bancária. Lembrando que ainda há limites para saques e pagamentos de boletos, que também força o morador de determinada cidade a se deslocar até a cidade mais próxima para ter acesso ao serviço.

“Os bancos investem apenas 6,5% do que arrecadam em segurança, enquanto 90% são voltadas para as transações pela internet. A situação gera dinheiro e empregos a menos, pois uma agência bancária serve como polo de desenvolvimento daquele local. Com isso, perde o comércio, perde a agricultura e, inclusive, o próprio poder público sofre”, conclui o presidente do Sindicato.

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