Direito e resistência em debate no 2º Encontro da Diversidade Bancária LGBTQIAPN+

O auditório do Real Classic Bahia Hotel, em Salvador, ficou lotado para o 2º Encontro da Diversidade Bancária LGBTQIAPN+. O evento começou na manhã deste sábado (12/4), com uma apresentação musical da drag queen Mary Jane Beck, seguida da mesa sobre “O direito como ferramenta de resistência “.

Logo na abertura, a presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Andréia Sabino, e a diretora de Gênero, Nancy Andrade, deram boas-vindas aos participantes, ressaltando a importância da presença de todos para o sucesso do evento e o avanço dos debates sobre os direitos das pessoas LGBTQIAPN+ no setor financeiro. A diretora de Diversidade da CTB Bahia, Jay Lopes, também fez uma saudação aos Encontro.

A primeira mesa tratou do direito como ferramenta de resistência, contando com intervenções dos advogados Dimitri Sales e Jurema Cintra, mediação de Valéria Etinger e participação do presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Eritan Machado, e do Sindicato de Itabuna, Paulo da Silva.

O advogado Dimitri Sales fez um histórico sobre as lutas da comunidade LGBTQIAPN+, que começou no fim da década de 1970, juntamente com a luta contra os males da ditadura militar, cresceu nas décadas de 80 e 90, com a luta pelo direito à saúde, diante da epidemia da Aids. Os desafios se seguiram com a busca pelo reconhecimento da união e do casamento homoafetivo e a criminalização da homofobia.

Outra intervenção importante foi da advogada Jurema Cintra, que mostrou, através de casos concretos, o avanço na garantia dos direitos dos casais homoafetivos, como o casamento civil, o reconhecimento da filiação com duas mães ou dois pais, o direito da licença maternidade para mães não gestantes, dentre outras conquistas importantes.

Os participantes também deram importantes contribuições ao debate, falando sobre as suas vivencias e compartilhando experiências no enfrentamento ao preconceito.