Eduardo Navarro presente, sempre!
O movimento sindical amanheceu de luto nesta quarta-feira (20/3), com o falecimento de Eduardo Celso Bastos Navarro de Andrade, 63 anos, diretor de Políticas Sindicais e ex-presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe por dois mandatos, entre 2003 e 2009.
Um lutador por vocação, Navarro enfrentava um problema renal crônico há alguns anos e acabou falecendo devido a complicações de um transplante de rins, realizado no início deste ano. Mesmo com a saúde debilitada, ele nunca ficou parado e participou da luta da sindical até os seus últimos dias.
Navarro ingressou no movimento sindical na década de 1980 como dirigente do Sindicato dos Bancários da Bahia. Também participou da estrutura de formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), atuando na Escola de Formação Sindical da CUT Nordeste e na Escola Quilombo dos Palmares (EQUIP).
Na década de 1990 foi diretor da Confederação Nacional dos Bancários (CNB) e diretor da primeira gestão da Contraf/CUT. Foi também dirigente nacional da Central dos Trabalhadoras do Brasil (CTB), sendo um dos responsáveis pela sua fundação em 2007 e seu fortalecimento ao longo dos anos.
Na Feebbase, Navarro era mais que um dirigente, era o guardião da memória do movimento sindical, devido ao seu farto conhecimento sobre a luta desempenhada para garantir as conquistas da convenção coletiva de trabalho da categoria, já que trabalhou pessoalmente por muitas delas. Para os colegas dirigentes ele personificava o exemplo de luta intransigente em defesa dos direitos dos trabalhadores e da população em geral.
Para o presidente da Feebbase, Hermelino Neto, Navarro foi muito mais que um companheiro, foi um camarada e um amigo. “Eu aprendi muito, foi um professor e um mestre, uma pessoa que sempre teve compromisso com a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras. Era o cara da formação e da organização. Ele não cansava e tinha uma energia muito linda, quando se tratava da defesa dos interesses da classe trabalhadora. Portanto, é um vazio muito grande. A gente conversava muito sobre o movimento sindical bancário na Bahia e Sergipe”.
“Não é fácil falar dessa perda. Hoje eu recebi muitas mensagens, muitas ligações. Está um clima de tristeza muito grande no movimento sindical brasileiro”, lamentou Hermelino Neto.