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Fenaban propõe apenas 6,1% e Comando indica greve para dia 19

A proposta apresentada pela Fenaban na rodada de negociações desta quinta-feira, dia 5, mostra todo o desrespeito dos bancos à categoria bancária. Os banqueiros propõem um reajuste de apenas 6,1% (reposição da inflação prevista) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial, que nem ao menos repõe a inflação do período de 6,6%. 

negociacao fenaban 05.09

Em relação à PLR (Participação nos Lucros e Resultados), a Fenaban propõe manter a fórmula nos moldes do ano passado, 90% do salário mais uma parcela fixa de R$ 1.633,94, limitado ao valor de R$ 8.927,61. A PLR adicional ficaria em 2% do lucro líquido de 2013, distribuído linearmente. Para o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, "não há a menor justificativa para os banqueiros, que vivem um período de extraordinário crescimento da lucratividade, apresentarem uma proposta que sequer contempla aumento real de salários".

O Comando Nacional rejeitou a proposta já na mesa de negociação e aprovou um calendário de luta que aponta para a realização de assembleias na próxima quinta-feira, dia 12, em todo país para aprovar greve a partir do dia 19, se até lá os bancos não apresentarem uma nova proposta que contemple as reivindicações da categoria.

Calendário de luta

12/09 - Assembleias em todo o país para rejeitar a proposta e decretar greve por tempo indeterminado a partir do dia 19.

18/09 - Todos a Brasília para exigir dos deputados federais, durante audiência pública, o arquivamento imediato do PL 4330. 

18/09 - Assembleia organizativa para encaminhar a greve.

19/09 - Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado. 

Veja abaixo a proposta da Fenaban rejeitada pelo Comando Nacional: 

Reajuste - 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)

PLR - 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).

Parcela adicional da PLR - 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

Adiantamento emergencial - Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Inovações tecnológicas - Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

Os bancários reivindicam:

Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)

PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

 Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

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