Itaú segue com horário estendido e nega avanços na defesa do emprego
As
entidades sindicais e a direção do Itaú retomaram, nesta terça-feira
(6), o processo de negociação permanente. Na pauta, emprego e o projeto
de horário estendido, atualmente em implantação pelo banco em várias
agências do país. O diretor da Federação, Hermelino Neto, participou da reunião.
Na oportunidade, os representantes sindicais voltaram a apresentar argumentos em defesa do emprego, com o fim da elevada rotatividade praticada pelo Itaú, e contrários à forma como o banco vem ampliando o seu horário de atendimento ao público.
Conforme as críticas apresentadas pelo movimento sindical, apesar do resultado financeiro bilionário, o banco cortou 7.831 postos de trabalho até setembro deste ano. No último trimestre, o número de trabalhadores recuou de 92.517 para 90.427, uma redução de 2.090 em três meses. Desta forma, o banco aprofundou ainda mais o processo de redução de empregos iniciado em abril do ano passado, totalizando desde então a extinção de 13.595 vagas, conforme análise feita pelo Dieese.
Vale lembrar que, nos nove primeiros meses deste ano, o Itaú obteve lucro líquido de R$ 10,102 bilhões, o que seria ainda maior não fossem as altas e injustificáveis provisões para devedores duvidosos.
Além disso, o movimento sindical ressaltou os prejuízos decorrentes da ampliação do horário de atendimento nas agências. Em vigor desde 27 de agosto, o projeto vem alterando o horário nas unidades de corredores bancários, algumas para das 9h às 16h, outras para das 12h às 19h e, também em shopping centers, onde o horário está passando a ser das 12h às 20h.
Mesmo diante dos argumentos, a direção do Itaú informou que a implantação do horário estendido irá continuar, devendo atingir neste primeiro momento 300 agências nos corredores e 68 em shopping centers. Quanto à questão do emprego, o Itaú diz que está procedendo ajustes para limitar as demissões, mas não reconhece que os números sejam elevados.
Fetec-SP
