Prefeitura de Chorrochó aciona Justiça contra fechamento do Bradesco

A prefeitura de Chorrochó, no norte da Bahia, entrou com uma ação judicial contra o Bradesco, para evitar o fechamento do único Posto de Atendimento que a atende à população local e de três cidades vizinhas. Sem a unidade, as pessoas terão que se deslocar cerca de170 quilômetros, até Paulo Afonso, para ter acesso a serviços bancários.

A prefeitura, comandada por Dilan Oliveira (PCdoB) pediu à Justiça uma tutela de urgência para evitar o fechamento do Posto do Bradesco. Entre os argumentos defendidos pela gestão municipal estão o impacto para os moradores da região - tendo em vista que o posto atende Chorrochó e outras três cidades - e o fato de que a prefeitura e o Bradesco possuem contrato para que o banco faça a gestão da folha de pagamento dos servidores públicos municipais.

O advogado Cícero Dias, que presta assessoria jurídica ao município de Chorrochó, afirma que a gestão municipal sequer foi notificada da decisão do Bradesco de fechar as portas. Segundo ele, o banco fechou inicialmente uma agência e, em seguida, colocou à disposição dos moradores o posto de atendimento - com menos funcionários e espaço. Agora decidiu fechar ele também, sem nenhuma explicação.

O fechamento traria grande prejuízos para a prefeitura, o funcionalismo, o comércio e a população local, em especial, os aposentados e outros beneficiários do INSS, que não possuem condições físicas e econômicas de viajarem tanto para receber os salários.

Caso o fechamento se concretize, Chorrochó será mais uma cidade prejudicada pela política insensível do Bradesco de busca de lucros a qualquer custo. Entre outubro de 2023 e julho de 2025, o Bradesco fechou 45 agências no estado, segundo dados do Sindicato dos Bancários da Bahia. Em muitos casos, o Bradesco também era o único banco na cidade.