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Prevenir é melhor do que remediar. A saúde dos bancários em questão

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A fragilidade da saúde dos bancários, sobretudo a mental, é alvo de constante preocupação do movimento sindical. Essa triste realidade é consequência de uma estrutura organizacional do sistema financeiro que visa apenas o lucro e desumaniza os trabalhadores.

Como resultado, observa-se o uso diário de medicamentos controlados para suportar a rotina de trabalho, além de casos de síndrome de burnout, ansiedade e síndrome do pânico, causados pela cobrança por metas inalcançáveis, assédio moral, sobrecarga de trabalho e ameaças de demissões. O assunto foi debatido neste domingo (20/7), último dia da 27ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, em Salvador.

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Dada a importância do tema, o psicólogo André Guerra abordou a função antissocial dos bancos, propondo uma visão ampliada da saúde e destacando que “a pauta de saúde é a pauta do movimento sindical” e que a saúde deve ser conquistada com ‘s’ maiúsculo através do esperançar, lutando de forma politizada. O auditório do Hotel Portobello ficou lotado para ouvir sobre o assunto.

O psicólogo alertou para a necessidade de os sindicatos tratarem da prevenção e do fluxo da violência no sistema financeiro. Para ele, o movimento sindical não deve pensar apenas no que deve ser feito, mas sim no que é possível fazer, não sendo apenas a “porta dos feridos”. Destacou que a atuação dos sindicatos reivindicando em todos os lugares a prioridade para a saúde dos bancários deve ser ostensiva. "Os bancos têm dinheiro e nós temos gente".

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“Falamos sobre saúde, mas, na verdade, estamos falando de doença. Acostumamos a pensar assim. Trabalhamos na recuperação dos bancários adoecidos no Departamento de Saúde”. A função social dos bancos precisa ser cobrada urgentemente. As empresas do setor bancário se vendem como detentoras dos melhores empregos, de um ambiente de trabalho perfeito. E não é.

André Guerra relatou que frequentemente ouve empregados afirmarem que o banco lhes proporcionou muitas coisas, referindo-se aos bens materiais oriundos do árduo trabalho e da exploração a que a categoria é submetida. Mas, “muitas vezes, aquilo que o banco deu, como um carro novo, torna-se o instrumento para que ele chegue mais rápido à agência com depressão”, refletiu.

Nós tralhamos na recuperação dos bancários adoecidos no Departamento de Saúde”

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