Protesto contra demissões e fechamento de agências no Bradesco

O Bradesco lucrou R$ 5,864 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Apesar do excelente resultado, o banco continua com a política de fechar agências e postos de trabalho. Para protestar contra esta situação, o Sindicato da Bahia e a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase) realizaram uma manifestação nesta terça-feira (13/5), na agência do Bradesco do Garcia, em Salvador, onde funciona a Superintendência do banco.

“Hoje realizamos mais uma manifestação contra o fechamento de agências e as demissões no Bradesco. Começamos esse movimento há mais de 30 dias e estamos conversando com a OAB, com a Câmara Municipal e outros setores da sociedade, para tentar barrar o fechamento de agências. Essa manifestação de hoje foi para fazer a denúncia, para conversar com os clientes e com os colegas para convocar todos para a nossa luta. O Bradesco vem divulgando na grande mídia que vai continuar esse movimento de fechamento. Então, enquanto esse movimento continuar, nós do movimento sindical também vamos continuar manifestando e buscando garantias de postos de serviço”, afirmou a presidente da Feebbase, Andréia Sabino.

O protesto contou com a presença do presidente do Sindicato da Bahia, Elder Perez, do diretor e representante dos funcionários na COE (Comissão de Organização dos Empregados), Ronaldo Ornelas, e diversos outros dirigentes sindicais da Feebbase e do Sindicato. 

 “A realidade é que os bancos têm se transformado em verdadeiras máquinas de maltratar gente. O Bradesco lucra bilhões e, mesmo assim, fecha agências e demite trabalhadores. Isso não é eficiência. É desumanidade”, criticou Elder Perez.

A principal justificativa da empresa para a reestruturação é a migração para os canais digitais. No entanto, o uso da tecnologia não pode ser pretexto para negar o acesso da população aos serviços bancários. “A tecnologia deve ser aliada, não barreira. Muitas pessoas, sobretudo as mais carentes e os idosos, dependem do atendimento presencial e estão sendo excluídas”, destacou Ronaldo Ornelas.