Reestruturação no Itaú Unibanco gera clima de medo e insegurança
Apesar do Itaú Unibanco negar que o objetivo central desta reestruturação seja a redução do quadro de funcionários e sim a realocação, na prática não é isto que tem acontecido. Durante os meses de abril e maio cerca de 350 bancários foram demitidos, a maioria pertencente à área de crédito ao consumidor. Há ainda a ameaça de fechamento do centro de processamento de dados do Unibanco, que deve ocorrer até o fim do ano, que poderá ocasionar mais demissões.
Em São Paulo, o Sindicato tem recebido denúncias de que o banco está promovendo dispensas de superintendentes, gerentes e analistas de sistemas com mais experiência com objetivo de reduzir custos e, depois, contrata jovens com salário bem menor. Na Bahia, também tem aumentado a pressão sobre os funcionários com a ameaça de desemprego e cobrança de metas.
Adoecimento e retirada de comissões - Para o diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e membro da Comissão de Empresa do Itaú Unibanco, Hermelino Neto, há um clima de medo e insegurança nas agências, acentuado pelo assédio moral e ameaça de retirada de comissões. Para os bancários, as comissões nas vendas de produtos são um complemento da renda e amenizam um pouco o assédio moral sofrido pela cobrança de metas.
Além disso, há o problema de adoecimento provocado pela pressão no ambiente de trabalho. Neste caso, Hermelino orienta que os bancários precisam procurar os sindicatos, que devem aconselhar a busca de assistência médica. É um momento de unidade e mobilização dos sindicatos e funcionários do Itaú Unibanco contra as políticas de reestruturação da direção do banco.
