Sem proposta, bancários da Bahia e Sergipe permanecem em greve
Nesta quarta-feira, dia 2 de outubro, 998 agências permanecem fechadas na base da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe. Ao completar 14 dias de greve, os bancários resistem na luta contra a intransigência dos banqueiros e pela reabertura das negociações.

A única proposta feita pelos bancos, em 5 de setembro, foi de reajustar salários, piso e vales refeição e alimentação em apenas 6,1%, sem aumento real. O índice foi rejeitado em assembleias realizadas em todo o país, que aprovaram o início da paralisação.
No estado da Bahia, 826 agências estão sem funcionar e, em Sergipe, 172. Na base do Sindicato da Bahia, 467 unidades estão fechadas; de Vitória da Conquista, 71; de Feira de Santana, 34; de Ilhéus, 27; de Irecê, 37; de Jacobina, 28; de Jequié, 25; de Itabuna, 37; de Camaçari, 17; de Barreiras, 57; e de Juazeiro, 26.
O Comando Nacional dos Bancários reúne-se nesta quinta-feira (3), em São Paulo, para fazer uma avaliação da segunda semana da greve e discutir formas de fortalecer e ampliar ainda mais as paralisações.
Os bancários reivindicam:
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
