Trabalhadores rumam para manifestação em Brasília

Os organizadores da Marcha lembram que os militantes em Brasília vão carregar, além da própria voz, faixas, adesivos, bandeiras e outros materiais para dizer ao governo que os ricos devem pagar a conta da crise, mas sabem que isso não acontecerá espontaneamente. "É preciso lutar para evitar que o ônus recaia sobre os trabalhadores e trabalhadoras. A marcha deve ser um momento alto desta luta", explica o secretário geral da CTB, Pascoal Carneiro.
A concentração da 5ª Marcha será no Estádio Mané Garrincha, às 5 horas da manhã. A partir das 9 horas, os manifestantes seguirão até o Congresso Nacional. A Marcha deste ano cresceu em importância devido a crise econômica. Os trabalhadores querem marcar posição em defesa do emprego e da renda contra a crise financeira internacional.
Importância maior
Este ano, são esperadas 30 mil pessoas, um número muito superior ao do ano passado - de sete mil manifestantes. Segundo Pascoal Carneiro, a grande mobilização ocorre em função das bandeiras de reivindicações, todas muito importantes, como a redução da jornada de trabalho e a ratificação da Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a demissão imotivada (sem justa causa).
Ele anuncia que, além da Marcha, os líderes sindicais vão cumprir uma extensa agende de reuniões nos ministérios, que se estenderão até a quinta-feira (4). Em cada uma das Pastas serão discutida a pauta pertinente.
Para o dirigente cutista, Júlio Turra, é preciso exigir medidas de emergência em defesa dos trabalhadores frente à crise financeira que se apresenta. "A prioridade é conter as ondas de demissões que já estão em curso, inclusive em empresas que pediram socorro ao governo. A melhor maneira de garantir empregos é defender os que realmente constroem a nação, que são os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade", enfatiza.
Os professores de todo o País também participarão da Marcha com a preocupação de destacar a luta pela garantia do piso salarial de R$950,00. A categoria quer reforçar a campanha que vem promovendo, junto com os parlamentares, para derrotar os governadores que querem evitar, por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn), ajuizada no Supremo Tribunal Federal, o cumprimento de lei do piso nacional.
De Brasília - Márcia Xavier, com agências
CTB