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redes sociais 2023

Três mil pessoas devem participar do 1º de Maio em Aracaju

O encontro já está marcado. No próximo domingo, 1º de Maio, os trabalhadores sergipanos se reúnem na Praça da Juventude do Conjunto Augusto Franco, zona sul de Aracaju. Juntos, eles vão comemorar o Dia do Trabalhador. Para lembrar a data, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-Se) preparou uma programação que envolve atividades artísticas e culturais, e um ato político. A expectativa da coordenação da Central é que cerca de 3 mil pessoas participem do 1º de Maio Unificado previsto para começar às 8 horas.

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Com o tema ‘Desenvolvimento com Justiça Social’, a CTB-Se vai defender a redução da taxa de juros, o fim do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias, a igualdade entre homens e mulheres, e a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tramita no Congresso Nacional há 16 anos. Outras bandeiras de luta vão nortear também o 1º de Maio Unificado de Aracaju como a valorização do salário mínimo, do serviço público e do servidor, educação e saúde de qualidade e reforma agrária já.

Das comemorações do 1º de Maio na capital sergipana participam além da CTB-Se, os 32 sindicatos a ela filiados, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetase), União Brasileira de Mulheres (UBM), União da Juventude Socialista (UJS) e Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Reunidos na Praça da Juventude do Augusto Franco, os trabalhadores sergipanos terão a oportunidade de participar e assistir a um torneio de futsal reunindo equipes de seis sindicatos.

Após a competição, às 10 horas, haverá um ato político com a presença de lideranças sindicais, políticas e do movimento social. Às 11 horas, os trabalhadores sergipanos poderão desfrutar do show com a banda Zé Tramela e curtir o autêntico forró nordestino durante a apresentação de Jiló. Para Waldir Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), o 1º de Maio deve ser comemorado por todos, mesmo que os ganhos não tenham sido satisfatórios.

“O trabalhador precisa se orgulhar de ser trabalhador, porque é ele quem dignifica o trabalho”, salienta Waldir Rodrigues que defende o fortalecimento das entidades sindicais como forma de se contrapor ao mundo do capital no qual o desenvolvimento vem atrelado à flexibilização dos direitos dos trabalhadores. “Temos que fortalecer a luta para manter os direitos adquiridos e para avançar reconquistando direitos perdidos”, diz. E nesse contexto, o 1º de Maio continua atual desde que foi instituído há 120 anos.

1maio_cartaz2“Esta data é um marco histórico que definiu claramente na sociedade há dois campos. De um lado estão os trabalhadores e do outro os donos da produção”, enfatiza José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe. Para o dirigente sindical, o Dia do Trabalhador é uma data de reflexão e de comemoração. “Muito foi conquistado, mas há muito ainda a se conquistar”, afirma.

Histórico

Os trabalhadores de fábricas de Chicago, nos Estados Unidos, iniciaram uma greve por melhores salários e condições de trabalho no dia 1º de maio de 1886. Os operários lutavam pela redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Apesar da repressão, os trabalhadores se mantiveram unidos, mas no dia 3 de maio a polícia matou seis operários, feriu 50 e prendeu centenas deles.

Os confrontos prosseguiram nos dias seguintes. Milhares de operários foram presos e centenas morreram defendendo seus direitos. Sedes de sindicatos foram incendiadas e residências de operários invadidas e saqueadas. Os líderes do movimento grevista foram condenados à morte na forca. Em 1891, no 2º Congresso da Segunda Internacional, realizado em Bruxelas, foi aprovada a resolução histórica de estabelecer 1º de Maio o Dia do Trabalhador.

Fonte: Niúra Belfort - CTB-SE

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