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Bancários sofrem com adoecimento físico e mental

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Estresse, sobrecarga e adoecimento. Esta é a realidade do trabalho nos bancos, setor mais lucrativo da economia brasileira. Segundo dados do INSS, o número de trabalhadores que precisaram se afastar do trabalho cresceu 30% entre 2009 e 2017, com aumento expressivo de 61,5% nos casos de transtornos mentais.

As doenças mentais desbancaram até as lesões por esforços repetitivos (LERs), comuns em categorias que trabalham com digitação e processos automatizados, e que sempre foram uma epidemia na categoria bancária.

Não é coincidência, que o crescimento do adoecimento mental tenha acontecido no período em que diminuiu o número de bancários e aumentou o número de agências, de clientes e o lucro dos bancos. Ou seja, mais trabalho para menos funcionários.

A situação que já era grave pode ter piorado ainda mais nos últimos dois anos, quando os governos Temer e Bolsonaro aprovaram medidas para precarizar ainda mais as condições de trabalho no setor. Os programas de demissões incentivadas e a cobrança cada vez maior por resultados tiraram milhares de trabalhadores dos bancos, sobrando para os que ficam toda a responsabilidade pela manutenção dos lucros bilionários das instituições financeiras.

Só em 2019, os bancos fecharam 9.463 postos de trabalhos, comprovando a diminuição da categoria. O resultado desta política será o adoecimento de número cada vez maior de trabalhadores.

Os bancários não podem pagar com a saúde pela ganância dos bancos. A hora é de lutar por condições dignas e saudáveis de trabalho. Disso, não dá para abrir mão.

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