Caixa: greve das 6 horas completa 39 anos
Há 39 anos uma greve mudou para sempre a vida dos empregados da Caixa. Em 30 de outubro de 1985, economiários de todo o Brasil paralisaram as atividades para reivindicar jornada de 6 horas e o direito à sindicalização e enquadramento como bancários. O movimento vitorioso durou 24 horas, garantindo dois direitos importantes para os empregados da Caixa, que prevalecem até hoje.
À época, os empregados da Caixa eram chamados de economiários e, devido a isso, não integravam a categoria bancária. Ao contrário dos demais bancários, tinham jornada de trabalho de 8 horas diárias, ao mesmo tempo que não eram vinculados a sindicatos.
Para mudar essa situação, os participantes do 1º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (1º Conecef), realizado em 20 de outubro de 1985, em Brasília (DF), deliberou pela deflagração da greve que obteve a mudança da jornada e o direito à sindicalização, ocorrida no dia 30 de outubro daquele ano. Esta foi a primeira paralisação nacional dos empregados da Caixa e um marco no processo de organização desses trabalhadores para lutar por melhores condições de trabalho e em defesa do banco público/social.
O secretário geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, foi uma das lideranças do movimento em 1985. “A greve das 6 horas foi um momento histórico na luta da categoria e precisa ser comemorada sempre para que as novas gerações percebam que tudo que temos hoje foram conquistas de nossas lutas, com muita unidade e mobilização”, destacou.
Ainda hoje a greve de 1985 é uma referência para o movimento sindical bancários, pois mostra a importância da mobilização dos trabalhadores e das entidades representativas neste processo.