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Funcionários cobram novo concurso na negociação com o BNB

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Mudanças no Microcrédito, realização de concurso público, metas excessivas, PCR e reclassificação de agências foram os principais temas em discussão na rodada de negociação entre a Comissão Nacional dos Funcionários e a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), realizada na última quinta-feira (13/11), em Fortaleza (CE). O encontro contou com a participação do presidente interino do banco, Wanger Rocha, a diretora de administração e TI, Ana Teresa Barbosa, o novo diretor de Negócios, Vandir Farias Jr., e assessores.

Para começar, os representantes dos funcionários demonstraram preocupação com a criação de um grupo de trabalho para discutir uma possível licitação para selecionar os novos parceiros que irão operacionalizar os programas de microcrédito produtivo orientado. Eles lembraram que, na última mudança realizada na operacionalização do Crediamigo, a fatia do mercado dominada pelo banco nesse setor caiu de 80% em 2021 para 43% em meados de 2023. O presidente Wanger Rocha reafirmou o compromisso do BNB com a boa gestão do microcrédito e o fortalecimento da instituição, garantindo que a questão será tratada com a cautela e a seriedade que merece.

Outra cobrança urgente dos dirigentes sindicais foi a realização de um novo concurso público, para suprir a demanda das agências, especialmente após as adesões ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV). O banco informou que chamará rapidamente todos os aprovados no cadastro de reserva do concurso atual, mas reconheceu que esse número é insuficiente para repor todas as saídas. Por isso, buscará a aprovação de um novo concurso no próximo ano.

PCR e reclassificação de agências

Sobre o Plano de Cargos e Remuneração (PCR), foi informado que os órgãos de controle propuseram alguns ajustes na proposta originalmente desenvolvida pela comissão paritária, criada especificamente para isso, com membros indicados pelo BNB e pela Contraf. Tais ajustes estão sendo simulados e analisados conjuntamente. Mas em resumo, a proposta está em estágio avançado de tramitação.

Outro ponto defendido pelos dirigentes sindicais foi a necessidade de uma mudança na metodologia de reclassificação das agências. A metodologia é claramente equivocada, pois algumas agências, que de acordo com a atual metodologia, seriam reclassificadas para baixo, só escapam do rebaixamento porque ficam em 1º, 2º ou 3º lugares no programa de ação. Isso é uma contradição óbvia. O diretor de Negócios, Vandir Farias Jr., considerou a metodologia justa, mas se mostrou aberto a discutir melhorias com as entidades sindicais.

Na reunião, o banco anunciou o programa “De Bem Com as Finanças”, que ofereceu 500 vagas (todas preenchidas) com consultoria individualizada para funcionários endividados. A iniciativa foi elogiada, mas os dirigentes cobraram também que o banco avaliasse também ações mais concretas, como o refinanciamento.

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Outras pautas

 Durante a reunião foram discutidos também outros temas, como a preocupação dos funcionários com a perda de função no início de 2026, por não conseguirem a aprovação na CPA-20 até o final do ano. O BNB esclareceu que a certificação poderá ser obtida no ano que vem. Os dirigentes solicitaram uma nota de esclarecimento oficial para tranquilizar a categoria.

O banco informou ainda que deve atender ao pedido do movimento sindical e conceder o abono do dia 31 de dezembro; que está aguardando os relatórios finais de cada grupo para compartilhar os resultados dos grupos focais de gênero, de raça/cor, de mulheres e de PCD; e que vai apresentar dados sobre a conversão de vagas de caixa em auxiliar de negócio na próxima reunião.

A Comissão também cobrou a contratação de empresa para manutenção de prédios com múltiplas unidades (edital em finalização), a criação de um canal para solução de conflitos do programa Convergente (em avaliação para 2026), a equiparação de gerentes executivos de centrais com os gerentes executivos DIRGE e a valorização das gerências médias das agências (ambas em avaliação), e o fim da autenticação em duas etapas com uso de celulares dos funcionários e o fornecimento de celulares corporativos para todos que usam o dispositivo para contactar clientes (em avaliação).

“Infelizmente não avançamos sobre o PCR. Não sabemos as condições concretas da proposta da comissão que tratou sobre o tema e com isso, cresce a expectativa dos funcionários sobre a implantação, que está sem previsão. Será que vai ficar para a campanha do ano que vem?" questiona o diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Waldenir Brito,

Outro ponto a ser destacado, é sobre a necessidade de novos concursos para o BNB, nas diversas áreas. "O BNB tem que informar efetivamente qual é a quantidade real de funcionários necessária para suprir todas as áreas, unidades e setores do banco, além de substituir os terceirizados por funcionários ", concluiu Waldenir.

A Bahia e Sergipe foram representadas na reunião pelo diretor da Federação Waldenir Brito, a diretora do Sindicato da Bahia Jeane Marques e o diretor do Sindicato de Sergipe João Wellington.

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