Itaú: Aposentados seguem na luta por plano de saúde acessível
Os aposentados do Itaú seguem firmes na luta por um plano de saúde com valor justo. No mês de junho estão programadas duas audiências públicas para debater o tema. A primeira acontece no dia 16, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a pedido da deputada estadual Lilian Bering (PCdoB); a segunda está marcada para o dia 23 de junho, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com organização do mandato do deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT).
A mobilização se intensificou após o banco extinguir o período de manutenção da contribuição patronal ao plano de saúde dos aposentados — um direito que era garantido anteriormente pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Sem o subsídio, os ex-funcionários foram obrigados a migrar para planos individuais com mensalidades consideradas proibitivas: R$ 2.135,71 por pessoa, o que representa um custo de quase R$ 4.271,42 para um casal, mesmo no plano mais básico, com acomodação em enfermaria.
Desde então, os aposentados lutam, com o apoio do movimento sindical, para reverter a situação. Entre as principais reivindicações do grupo estão a criação de uma faixa de plano específica para aposentados e a suspensão dos reajustes das mensalidades enquanto durarem as negociações.
Apesar de diversas tentativas de diálogo, o banco tem adotado uma postura intransigente. Desde outubro de 2023, o tema vem sendo tratado em um processo de mediação conduzido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). No entanto, nenhuma proposta concreta foi apresentada pelo Itaú até agora.