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16º Congresso da Federação

No Itaú, o Gera é só problema para os funcionários

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O Itaú comemora os R$30,5 bilhões de lucros já obtidos em 2024, mas não compartilha estes ganhos com os seus funcionários. Ao contrário, as condições de trabalho no banco estão cada vez mais insalubres, com cobranças abusivas por metas e sobrecarga, o que compromete a saúde dos bancários.

Para piorar a situação, os bancários do Itaú agora também precisam registrar manualmente suas produções diárias, para não serem prejudicados com as constantes falhas no sistema de registros do programa GERA, que nem sempre contabiliza corretamente as vendas feitas pelos trabalhadores. Para contestar a ausência de registro da venda de um seguro ou empréstimo no sistema, por exemplo, vem outro transtorno. É necessário abrir um chamado na área ‘Fale com o Gera”, onde parte das respostas é dada por humanos e outra parte, por robôs. No entanto, o retorno leva cerca de 15 dias.

As falhas e a demora para a correção contrastam com a propaganda do Itaú, que se apresenta como o banco do futuro e oferece soluções tecnológicas para atrair clientes.

Isso só comprova os problemas apresentados pelo GERA, que são constantemente denunciados pelo movimento sindical. “Já fizemos muitas reuniões com o banco para discutir os pontos negativos do GERA. Já levamos várias sugestões, já pedimos a participação de especialistas para mostrar para o banco que, além de arcaico o programa só visa formas de aumentar os lucros, sem a mínima preocupação de como o trabalhador vai ter que se virar para gerar esse lucro. E o resultado já está bastante claro, um aumento além do que até mesmo os médicos imaginavam. Uma categoria totalmente adoecida e eles ainda colocam em dúvidas e culpam os próprios bancários por adoecerem”, ressaltou a diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Andréia Sabino, que integra a COE Itaú.

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