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redes sociais 2023

9º Encontro da Juventude debate futuro do sistema financeiro e mundo do trabalho

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Futuro do Sistema Financeiro, mundo do trabalho e juventude bancária foram os primeiros temas em debate no 9º Encontro da Juventude Bancária da Bahia e Sergipe, que começou neste sábado (1º/11) e segue até domingo (2), em Amélia Rodrigues, na Bahia. O evento reúne trabalhadores de até 35 anos, para discutir assuntos que afetam o dia a dia nos locais de trabalho.

O primeiro a falar foi economista e técnico do Dieese Bahia, Gustavo Palmeira, que trouxe um levantamento detalhado sobre as transformações no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a fragmentação do emprego no ramo financeiro. Entre os motivos desta reestruturação estão as mudanças tecnológicas, da legislação trabalhista, na regulamentação do Banco Central, na política econômica do Brasil, do papel dos bancos públicos, além da entrada e crescimentos de outros atores.

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Nos últimos anos o setor aumentou o investimento em novas tecnologias e migrou grande parte do atendimento para os canais digitais. Ao mesmo tempo diminuiu o número de agências e de vagas para bancários. Desde 2018 os bancos fecharam 4.853 agências no Brasil. Isso resultou também em demissões e redução da categoria bancária, que vem perdendo trabalhadores desde 2012.

Isso reforça a importância da atuação do movimento sindical, para garantir os direitos da categoria e também o atendimento humanizado para a população.

Mundo do trabalho e juventude

A segunda exposição foi da professora Deborah Irineu, que falou sobre mundo do trabalho e juventude bancária. Em sua fala, ela mostrou como o perfil do trabalhador bancário se transformou nos últimos anos. Hoje ele precisa ser técnico, vendedor e comunicador. Exige-se domínio de IA, análise de dados, marketing digital e segurança da informação.

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Para ela, o discurso da “aprendizagem contínua” transfere ao jovem o custo de sua formação. Quem não consegue acompanhar o ritmo tecnológico é descartado. Com isso, a formação deixa de ser um direito e se torna uma obrigação permanente, um instrumento de exclusão e responsabilização individual.

“O debate foi muito produtivo, a gente teve a oportunidade de falar sobre a juventude trabalhadora e a juventude bancária sobre os desafios da juventude trabalhadora, a sua inserção que é muitas vezes precoce, de maneira precária e pensamos, refletimos sobre como isso se relaciona também com a realidade dos bancos no Brasil e os problemas que nós enfrentamos, como a terceirização, o adoecimento, as exigências de formação. Então, existem muitos desafios para a juventude bancária, mas a federação que está preparando essa turma para lutar, se organizar e fazer um bom enfrentamento a esses desafios “ ressaltou Deborah.

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