Adesão em Sergipe passa de 60% para 70% no segundo dia de greve
No segundo dia de greve dos bancários em Sergipe, a adesão passou de 60% para 70%. Um dos casos mais interessantes foi o fechamento da agência Itaú, da Avenida Hermes Fontes, que foi inaugurada na tarde do primeiro dia de greve, 27, e fechada por força da mobilização no dia seguinte, quando abriria suas portas ao público.
A exemplo do ano passado, os bancários da Caixa Econômica saíram na frente e fecharam todas as 26 unidades existentes no Estado, ou seja, 100%. No Banco do Brasil, foram fechadas 35 das 46 unidades do Banco do Brasil, o equivalente a 75%.
No segundo dia de greve em Sergipe, houve um crescimento bastante significativo na paralisação no Banco do Estado de Sergipe - Banese. Na capital, apenas a agência Atalaia funcionou normalmente. Foram fechadas 25 unidades. A adesão passou de 28% para 40%.
Até agora, o Banco do Nordeste fechou 11 das 15 unidades em funcionamento no Estado, ou seja, 73%. A resistência se dá porque, estrategicamente, o banco ‘distribui’ cargos comissionados com os funcionários para desmobilizar os funcionários.
Foram fechados 58% dos bancos privados: O Banco Santander fechou todas as 4 unidades. O HSBC e Mercantil também. Itaú Unibanco fechou 8 das 11 unidades. O Bradesco fechou a agência Central, Hiper Aracaju, General Valadão. Já os bancos Rural e BIC Banco, que possuem apenas uma agência cada, funcionaram normalmente.
O que os bancários reivindicam
Remuneração
-
Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de
5%).
- Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51
(em junho).
- PLR: três salários mais R$
4.500.
- Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os
bancos.
- Gratificação semestral de 1,5 salário para todos
os bancários.
- Contratação da remuneração total dos
bancários.
- Valerrefeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e
auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545).
-
Auxílio-educação para todos os bancários.
- Previdência
complementar para todos os
bancários.
Emprego
- Garantia de
emprego;
- Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo
a rotatividade.
- Contratação de mais
bancários;
- Fim das terceirizações.
-
Jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários.
-
Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de
trabalho;
- Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos
dias normais;
- Abono assiduidade de cinco dias por
ano.
Igualdade de
oportunidades
- Igualdade na contratação, remuneração e
ascensão profissional.
- Realização de um novo censo para
avaliar os resultados dos programas implantados pelos bancos para combater a
discriminação.
- Prorrogação automática da
licença-maternidade de quatro para seis meses, sem necessidade de solicitação
por parte da bancária.
- Condições de acessibilidade nas
agências tanto para bancários como para clientes com
deficiências.
Saúde do trabalhador
-
Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
-
Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em
consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e
não podem ser individuais.
- Fim da divulgação de rankings
individuais sobre cumprimentos de metas.
- Suspensão do
trabalho em espaços físicos em reforma.
- Manutenção do salário e demais
direitos no período de afastamento por problemas de
saúde.
Segurança bancária
-
Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e
extorsões.
- Emissão da CAT para quem esteve no local de
assaltos e sequestros.
- Fechamento das agências após
assaltos, consumados ou não.
- Porta de segurança, câmeras
com monitoramento em tempo real e vidros blindados em todas as agências e
postos.
- Biombos entre a fila de espera e os caixas e
divisórias individualizadas entre os caixas internos e os eletrônicos para
combater "saidinha de banco".
- Proibição ao transporte de
valores e à guarda das chaves das unidades pelos
bancários.
- Adicional de 30% de risco de morte para
agências, postos e tesouraria.

