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Bancárias cobram medidas para garantir a paridade salarial

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O Comando Nacional dos Bancários e a Federação dos Bancos (Fenaban) se encontraram nesta segunda-feira (31/3), para mais uma rodada da mesa de negociação sobre igualdade de oportunidades. Entre os principais discutidos na reunião estão: as ações dos bancos para reduzir a desigualdade salarial e de ascensão entre homens e mulheres; programa “Mais Mulheres na TI” e dados de atendimento dos canais de combate à violência de gênero.

Marcado para concluir as atividades do Mês da Mulher, o encontro foi importante para fazer uma avaliação sobre o que foi conquistado nas negociações do ano passado, como a oferta de cursos para mulheres na área de tecnologia da informação (TI) e o fortalecimento dos canais de atendimento de mulheres vítimas de violência.

Com avanços nestas áreas, o Comando cobrou a retomada do debate sobre a igualdade de oportunidades e a paridade salarial entre homens e mulheres. Segundo levantamento do Dieese, a partir de dados oficiais, nos bancos as mulheres recebem, em média, 19% menos que os colegas homens. No recorte racial, o cenário é ainda pior: as bancárias negras tem remuneração 34,5% inferior à remuneração média do bancário branco do sexo masculino.

A categoria conquistou, na última renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o compromisso dos bancos de alcançar a paridade de remuneração entre homens e mulheres. A proposta é que as empresas acelerem o cumprimento da Lei de Igualdade Salarial, em vigência no país desde 2023.

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“Este é um tema central para todos. Vale ressaltar, que a nossa convenção coletiva garante a igualdade salarial e não tem explicação, para que ainda exista essa diferença apenas por uma questão de gênero. Estamos falando de uma participação ativa na construção desse mudança de cultura no mercado de trabalho, precisamos respeitar a diversidade e isso começa com a igualdade salarial. O desrespeito a esse direito também é uma violência com essa trabalhadora que mesmo ganhando menos, mesmo assim são as primeiras a serem desligadas”, ressaltou a presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Andréia Sabino, que integra o Comando.

O Comando Nacional cobrou não só a igualdade salarial de gênero, mas a reversão de queda de mulheres no setor, já que elas são as primeiras a serem desligadas.

Ficou acertada a realização de um novo encontro, em abril, com as áreas de Recursos Humanos (RHs) dos bancos, não só dos que já participam comissão de negociação. Neste encontro, o Comando Nacional irá apresentar a diferença salarial e de oportunidades e as propostas para alcançar equidade.

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