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redes sociais 2023

Centrais realizam manifestação por redução de jornada

As Centrais Sindicais CTB, Força Sindical, CUT, NCST, UGT, e CGTB realizarão em Salvador nesta terça-feira, dia 30, em frente à Delegacia Regional do Trabalho (DRT-BA), manifestação em defesa da aprovação do projeto para redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

Em Brasília, as centrais entregarão uma carta aos parlamentares na Câmara Federal sobre a importância da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário. A manifestação tem início previsto para as 14 horas no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. Neste dia, a Comissão Especial que trata do tema irá votar o relatório favorável ao projeto, apresentado pelo deputado Vicentinho (PT-SP).

Conforme estudos do economista Cássio Calvete, do Dieese, o impacto da medida no custo da mão-de-obra seria praticamente nulo: "a redução para 40 horas semanais aumentaria o custo da mão de obra em 2%, o que seria absorvido em apenas seis meses, frente ao ritmo de crescimento da produtividade". Calvete lembra que uma possível redução do crescimento econômico não significa necessariamente queda da produtividade. Na década de 1990, conforme o próprio IBGE, houve grande desaceleração e, mesmo assim, a produtividade industrial cresceu a fortes taxas, em média 8% ao ano.


Dados mais recentes levantados pelo IBGE, relativos ao período entre os anos 2000 e 2006, apontam em igual direção, registrando crescimento da produtividade industrial em 30%.  Já em 2007, segundo o "Anuário dos Trabalhadores 2008", publicado pelo Dieese, o crescimento da produção industrial brasileira foi de 6% em relação ao ano anterior, o que representa um outro indicador importante.


Carta aos parlamentares em defesa da redução da

jornada de trabalho sem redução de salários


Exmo(a). sr(a). deputado(a)

Temos certeza que V. Sa., na condição de parlamentar, já conhece a importância e os benefícios da redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

A redução da jornada em apenas duas horas semanais - das atuais 44 horas para 40 horas - proporcionará a brasileiros e brasileiras mais tempo para dedicar-se a atividades que, embora fora de seus locais de trabalho, estão ligadas a suas tarefas cotidianas e, por isso, ajudarão na melhoria da vida e do desempenho profissional.

Tão importante ainda quanto a melhoria de qualidade de vida está a possibilidade concreta de gerar novas vagas de trabalho no Brasil a partir da redução da jornada sem redução de salário. Face aos desafios colocados pela crise econômica mundial e a urgente necessidade de defender os empregos e os salários dos trabalhadores e trabalhadoras, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 393/2001 é imprescindível.

Por isso, as centrais sindicais, representando mais de 31 milhões de pessoas em suas bases, vêm por meio desta cobrar empenho de cada parlamentar para aprovação dessa importante mudança no mercado de trabalho brasileiro.

No próximo dia 30 de junho, a Comissão Especial que trata do tema vai apreciar o projeto. Estaremos atentos para o comportamento de cada parlamentar, em resposta a essa que é uma luta histórica da classe trabalhadora.

Lembramos que a matéria é de interesse da maioria do povo brasileiro. Como símbolo dessa vontade popular, as centrais sindicais entregaram ao Congresso, em junho de 2008, 1,5 milhão de assinaturas em apoio à mudança. É importante notar também que a última vez em que houve redução da jornada de trabalho no País foi há 21 anos. Desde então, os índices de produtividade e de lucratividade registram expressivo crescimento, o que fará da redução da jornada sem redução de salários um novo estímulo à atividade econômica. Com a criação de mais empregos, fortaleceremos o mercado interno, algo essencial para o desenvolvimento do Brasil.

Com informações da CTB e CUT
 

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