Defesa do emprego no centro da primeira negociação com o Santander

A defesa do emprego e dos direitos dos bancários foi o tema central da primeira rodada de negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Santander, realizada nesta terça-feira (16/7), em São Paulo. A reunião definiu ainda um calendário para o debate da minuta de reivindicações dos funcionários, para renovação do acordo coletivo de trabalho (ACT) no banco.
A COE iniciou o encontro reafirmando que a retirada de qualquer direitos dos trabalhadores é inegociável. Deixou claro também que quer discutir novas cláusulas para o ACT, que amplie a proteção dos funcionários e garanta melhores condições de trabalho.
Um dos principais temas debatidos durante a reunião foi a questão do emprego. O movimento sindical cobrou o fim das demissões e a disponibilização de dados sobre o números de agências, postos de atendimentos bancários (PABs), funcionários e terceirizados.
A Comissão denunciou também a contratação fraudulenta de mão de obra feita pelo Santander, na qual um trabalhador deixa de ser bancário e passa a atuar numa empresa coligada do banco, sem direitos e os benefício previstos na convenção coletiva de trabalho da categoria. Um absurdo que precisa acabar!
“Em que pese a minuta ter sido entregue a mais de um mês, na minha avaliação o banco já deveria ter se debruçado com mais afinco sobre as demandas apresentadas. Esperamos que nas próximas negociações o banco dê respostas concretas, atendendo as reivindicações da categoria, pois estão em consonância com o crescimento da instituição e os bancários são os responsáveis por isso”, avaliou o vice-presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, José Antônio dos Santos, que integra a COE Santander.
O diretor do Sindicato da Bahia Adelmo Andrade também participou da reunião.
A negociação no Santander está só começando e ainda há muito o que ser discutido. As próximas reuniões serão realizadas nos dias 26 de julho e 2 e 9 de agosto, em São Paulo.

