Itaú: COE cobra mudanças no GERA e reajuste da PCR

Problemas no programa GERA e o reajuste da Participação Complementar nos Resultados (PCR) foram os principais temas da rodada de negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Itaú, realizada nesta quarta-feira (2/4), em São Paulo.
No encontro, a COE reforçou a cobrança por solução dos problemas no GERA, que foram apontados na reunião passada. O banco informou que já está implementando melhorias no canal “Fale com o GERA”, ferramenta específica para encaminhamento de reclamações sobre o programa e que está trabalhando em uma proposta para simplificar o seu funcionamento.
O Itaú informou ainda que, no segundo semestre de 2024 recebeu um aumento considerável no número de reclamações e confirmou que há um percentual de falhas procedentes que já estão sendo ajustadas. “Esse reconhecimento foi um avanço, pois muitos funcionários foram prejudicados”, destacou a diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Luciana Dória, que integra a COE Itaú.
Com relação às cobranças mensais antecipadas das metas trimestrais realizadas por alguns gestores e regionais, o banco disse que não passa essa orientação e ela não faz parte do seu método institucional. Casos identificados devem ser apontados para a correção.
Outro problema levantado foi a punição no Sistema de Qualidade de Vendas (SQV). Atualmente, se um funcionário é punido em uma agência e posteriormente transferido, ele carrega essa punição para o novo gestor e unidade. O banco alegou que essa prática leva em consideração a lotação do empregado no momento da aplicação.
Além disso, a COE questionou a ausência de remuneração dos ANS no segmento empresas em relação ao GERA. “Esta é uma questão que precisa ser resolvida com urgência pelo banco, pois os ANS não recebem variável como no varejo e desde a implantação dos Polos Empresariais, foi prometido que eles teriam um programa de premiação”, ressaltou a diretora da Feebbase.
O Itaú se comprometeu a debater esses pontos em uma próxima reunião, na qual também apresentará informações sobre a gestão do programa, sua comunicação interna, avaliação e treinamentos.
Outro tema importante abordado na reunião foi o crescente número de bancários rebaixados de cargo. Segundo a COE, em diversas regiões, gerentes estão sendo descomissionados para o cargo de Assistente de Negócios (AN), com jornada de seis horas. O banco justificou que essas decisões ocorrem porque os trabalhadores não estariam desempenhando a função conforme os requisitos estabelecidos, e que essa prática está respaldada pela Reforma Trabalhista.
Proposta de PCR
Na reunião, o Itaú apresentou também a seguinte proposta de reajuste da Participação Complementar nos Resultados (PCR):
2025: Reajuste do INPC (4,17% em janeiro)
Até 23% de ROE: R$ 3.831,48
Acima de 23% de ROE: R$ 4.016,15
2026: Reajuste conforme a categoria.
A COE rejeitou a proposta imediatamente, argumentando que o reajuste precisa valorizar os trabalhadores. “A proposta da PCR foi rejeitada por não satisfazer os anseios dos funcionários, que anualmente produzem muito lucro para o banco. O reajuste de 4,17%, correspondente ao INPC de janeiro 2025, está muito aquém do que entendemos ser justo”, acrescentou Luciana Dória.
Uma nova reunião será agendada para que a COE apresente novamente suas reivindicações sobre o PCR. Uma nova reunião será agendada para que a COE apresente novamente suas reivindicações sobre o PCR.

