Centrais atuarão unidas na Campanha Nacional dos Bancários
Vagner: "Na mesa, rodo o movimento sindical bancário"
"Hoje mais uma vez vivemos um momento histórico, porque temos aqui na mesa todo o movimento sindical bancário brasileiro, de todos os matizes", saudou Vagner Freitas, presidente da Contraf, em seu pronunciamento. "Entendemos que a luta é de todos os trabalhadores e do outro lado estão os patrões. Por compreender que a unidade da categoria é importante, convidamos todas as centrais para estarmos junto na mesa única de negociação."
Além da CUT, participaram a UGT, a CTB, a Intersindical e a Conlutas. Todos os discursos pronunciados na abertura destacaram a necessidade de manter a unidade, mesmo com a pluralidade de ideologias, sem perder de vista os interesses e objetivos da categoria bancária.
Vagner Freitas resgatou a história de lutas e conquistas da categoria. "Nós construímos um movimento fortíssimo, baseado na concepção de uma sociedade socialista. A nossa luta é dos trabalhadores contra o patrão".
O sindicalista disse ainda que a categoria não vai aceitar o frágil argumento que os bancos querem estabelecer nas negociações, de que aumento de salário gera risco de inflação. "Se existe um setor que não tem crise é o financeiro. As reivindicações desta campanha salarial podem ser atendidas, pois ao longo dos últimos 40 anos os bancos só lucraram".
A Conferência Nacional dos Bancários tem a participação de 825 delegados de entidades sindicais de todo o país. Grupos específicos discutem Remuneração, Emprego, Saúde e Condições de Trabalho, Segurança Bancária, Bancos Regionais e Fusões e Previdência Complementar. Na abertura da Conferência, Marcio Pochmann, presidente do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), debateu com os bancários o tema "Juros e Desenvolvimento Econômico".