Centrais lançam abaixo-assinado por redução da jornada na 2ª
Em busca de um milhão de assinaturas, as centrais sindicais lançarão na próxima segunda-feira (11) um abaixo-assinado em defesa da redução da jornada de trabalho, sem alteração em salários e benefícios. Os atos de lançamento ocorrerão em todo o país, dando continuidade à Campanha Nacional Unificada pela Redução da Jornada de Trabalho, iniciada pelas centrais em janeiro.
Pela proposta das entidades, a jornada pode ser reduzida de 44 para 40 horas semanais - geraria, numa primeira etapa, mais de 2,2 milhões de empregos. Os dados são de um estudo do Dieese. Apoiadas nesses números e na defesa da luta trabalhista, as centrais decidiram movimentar suas bases para recolher assinaturas. Serão montados postos de coleta de assinaturas em diversos sindicatos e locais públicos por todo Brasil.
A principal manifestação de segunda-feira ocorrerá na praça Ramos de Azevedo, em São Paulo (SP), a partir das 10 horas. Ali, em frente ao Teatro Municipal, haverá postos de coleta de assinaturas, panfletagem e ato político, com a participação dos presidentes das centrais. Ao fim da coleta - que será feita em todas as regiões -, o abaixo-assinado será entregue ao Congresso Nacional, para pressionar os parlamentares a aprovarem a PEC 393/01, que trata do tema.
"Vamos às ruas, mobilizar todas as classes para transformar esse projeto em lei e unificar ainda mais os trabalhadores do Brasil", convoca o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes. Artur Henrique, presidente da CUT, discursou na mesma linha. "Há um grande simbolismo nesta campanha unificada", declarou. "Faremos grandes atos de rua a partir do dia 11 de fevereiro, que é a data da reabertura do Congresso Nacional, ampliando pressão nesta importante luta."
Sobrevivência
Ao longo da história, esclarece o Dieese, a luta pela redução do tempo dedicado ao trabalho teve diversos focos. "Num primeiro momento foi uma luta pela sobrevivência. Depois, durante um longo período, o objetivo era mais tempo livre, ou seja, a conquista de uma vida melhor. Hoje a redução da jornada de trabalho tem como objetivo a luta contra o desemprego, o que significa um retrocesso em termos históricos, porque se volta à luta pela sobrevivência".
Da redação, com agências