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Copom eleva a taxa de juros novamente

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (19/3) a elevação de 1% na taxa Selic, que passou de 13,25% para 14,25% ao ano, o maior nível desde agosto de 2016. Este é o quinto aumento consecutivo na taxa, o segundo sob o comando de Gabriel Galípolo.

O aumento foi justificado pela alta dos preços dos alimentos e da energia, além das incertezas no cenário econômico global. No entanto, entidades sindicais e especialistas alertam que essa política prejudica o desenvolvimento econômico, reduz o consumo e penaliza milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, a decisão do Copom representa um obstáculo ao crescimento econômico e atende apenas aos interesses do mercado financeiro: “Enquanto o Federal Reserve dos Estados Unidos, Banco Central Norte-Americano, decide manter a taxa de juros inalterada entre 4,25% e 4,5%, o Brasil, mais uma vez, segue a tendência de se manter no topo, na condição de país campeão com a maior taxa de juros do mundo. Isso é, na verdade, um contrassenso muito grande. Os números da OCDE são reveladores de que o Brasil segue em crescimento e, na medida que o ano de 2024 concluiu um crescimento de 3,4%, e nós temos relativamente uma inflação baixa, seguir apostando nessa escalada de juros altos compromete o projeto nacional de desenvolvimento.”

Adilson Araújo reforça que a alta taxa de juros prejudica a reindustrialização do país e impacta diretamente a vida das famílias brasileiras:

“Dificulta com que possamos ter um processo de reindustrialização do país de forma acelerada e isso, evidentemente, tem rebatimento direto porque inibe o consumo, retrai os investimentos e asfixia milhões de famílias que vêm enfrentando ainda o drama frente à escalada dos preços, à carestia dos alimentos. Então, eu penso que é um contrassenso.”

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